REFLEXÕES SOBRE AS ESCOLHAS DAS FORMAS DE CURA REALIZADAS POR MORADORES ATENDIDOS POR AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM CAMPINA GRANDE - PB
DOI:
https://doi.org/10.26512/2236-56562015e40067Palavras-chave:
Campina Grande, estratégia saúde da família, práticas integrativas e complementaresResumo
O embate entre a medicina oficial e medicina popular no Brasil existe a partir do confronto entre pelo menos três grandes grupos com suas respectivas culturas: o europeu, o indígena sul-americano e o africano. Esse embate diluiu-se um pouco com a introdução das práticas alternativas, integrativas e complementares a partir da década de 1970, porém continuam os momentos de submissão e embates periódicos. Nesse ínterim, a população fica refém das decisões políticas, mas por outro lado, toma algumas decisões quando se trata de sua saúde ou da saúde de sua família. Desta forma, este trabalho tem por objetivo entender as escolhas de formas de cura realizadas por moradores atendidos por ACS no município de Campina Grande – PB. Para viabilizar este estudo utilizou-se das seguintes etapas: levantamento bibliográfico; levantamento documental; análise de resultados de pesquisas de Iniciação Científica locais. Como resultado principal percebe-se que a população passa a ter um posicionamento intermediário, realizando um verdadeiro sincretismo nas formas de cura.
Downloads
Referências
ALMEIDA FILHO, N. de. (1999). Uma breve história da epidemiologia. In ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. de. (org.) Epidemiologia e saúde. MEDISI, Rio de Janeiro: p. 1-13.
BAUMAN, Z. (2012). Ensaios sobre o conceito de cultura. Rio de Janeiro: Zahar.
BRASIL. (2005; 2009). Serviços de Saúde. Rio de Janeiro: FIBGE. (cidades).
BRASIL. (2006). Política Nacional de Práticas Integrativas e complementares no SUS - PNPIC/ SUS. Brasília: Ministério da Saúde/ Secretaria de Atenção à Saúde/ Departamento de Atenção Básica. 21p.
BRASIL. (2011). Relatório de Gestão sobre Práticas Integrativas e Complementares no SUS - 2006-2010. Brasília: Ministério da Saúde/ Secretaria da Atenção à Saúde/ Departamento de Educação Básica/ Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e complementares. 44p.
BRITO, L. R. de. (2014). A relação centro e centralidade na estruturação urbana de Campina Grande - PB. 65f. Monografia (Graduação em Geografia) – Unidade Acadêmica de Geografia, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande.
CHALOUB, S.; MARQUES, V. R. B.; SAMPAIO, G. dos R.; GALVÃO SOBRINHO, C. R. (2003). Artes e ofícios de curar no Brasil: capítulos de história social. Campinas: Ed. da UNICAMP.
CHRISTENSEN, M. C.; BARROS, N. F. de. (2011). Práticas integrativas e complementares no ensino superior: revisão sistemática da literatura. In BARROS, N. F. de; SIEGEL, P.; OTANI, M. A. P. (org.) O ensino das Práticas Integrativas Complementares: experiências e percepções. HUCITEC, São Paulo: p. 29-44.
CUNHA, M. B. da (2008). Uma colcha de retalhos, nos traçados de vida e trabalho: o processo de constituição de agentes comunitárias em favelas do Rio de Janeiro. In: Encontro de História Anpuh-Rio, 13., 2008. Rio de Janeiro: Anpuh. Anais... p. 1-10.
FONTANA, M. I. (2005). Itinerários de cura e cuidado: um estudo das representações sociais dos conceitos de saúde e doença na família. 107f. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Saúde e Gestão do Trabalho) – Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI.
GUIMARÃES, M. B. L.; VALLA, V. V. (2009). Terapia comunitária como expressão de educação popular: um olhar a partir dos encontros com agentes comunitários de saúde. In: http://32reuniao.anped.org.br/arquivos/trabalhos/GT06-5115--Int.pdf
GUIMARÃES, M. B. L.; VALLA, V. V.; LACERDA, A. (2009). As redes de apoio social constituídas por pastores e agentes comunitários de saúde evangélicos no âmbito do cuidado e atenção à saúde da população. Religião e Saúde, v. 4, n. 16, p. 1-8.
GUIMARÃES, R. B.; PICKENHAYN, J. A.; LIMA, S. do C. (2014). Geografia e saúde sem fronteiras. Uberlândia: Assis.
HAESBAERT, R. (2004). O mito da desterritorialização. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. (1991). Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Atlas.
LEFEBVRE, H. (2001). O direito à cidade. São Paulo: Centauro.
LUZ, M. T. (2009). É a promoção da saúde um novo paradigma? In LUZ, M. T. Ordem social, instituições e políticas de saúde no Brasil: textos reunidos. CEPESC - IMS/ UERJ, Rio de Janeiro: p. 217-225.
PEDROSA, J. I. dos S. (2007). Cultura popular e identificação comunitária: práticas populares no cuidado à saúde. In MARTINS, C. M. (org.) Educação profissional e Docência em Saúde: a formação e o trabalho do agente comunitário de saúde. Fiocruz, Rio de Janeiro: p. 70-100.
PEREIRA, M. P. B. (2001). Comunidades pobres urbanas da cidade do Recife e Políticas Públicas: como a interação das ações do governo e práticas cotidianas da comunidade está viabilizando uma melhoria das condições de saúde. 108f. Dissertação (Programa de Mestrado em Geografia) – Departamento de Geografia. Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
PEREIRA, M. P. B. (2008). Conhecimento geográfico do agente de saúde: competências e práticas sociais de promoção e vigilância à saúde na cidade do Recife - PE. 255f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.
PEREIRA, M. P. B. (2010a). Conhecimento geográfico para a Promoção da Saúde. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 6, n. 10, p. 77-88.
PEREIRA, M. P. B. (2010b). Medicalização na área adscrita pela Estratégia Saúde da Família: entre as normas e o conhecimento popular. In: Encontro Paraibano de Geografia, 4., 2010. Campina Grande: UEPB. Anais... p. 546-555.
PEREIRA, M. P. B. (2011). Competências e práticas sociais de promoção e vigilância à saúde na cidade do Recife: o agente de saúde em foco. São Paulo: Scortecci Editora.
PINTO, L. do N. (2006). Plantas medicinais utilizadas por comunidades do município de Igarapé-Miri - PA. 112f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Instituto de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Pará, Belém.
SCHLESENER, A. H. (2007). Hegemonia e cultura. 3. ed. Curitiba: Ed. UFPR.
SILVA FILHO, A. P. C. da (2013). Influências dos agentes de saúde no desenvolvimento de práticas socioterritoriais no espaço urbano de Campina Grande. 82f. Monografia (Graduação em Geografia) – Unidade Acadêmica de Geografia, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande.
SIQUEIRA, T. C. de A. (2003). Da gestação ao resguardo: a fala social de Agentes de Saúde de um Assentamento do MST em Alagoas, Nordeste do Brasil. 147f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz.
SIQUEIRA, V. L. (2007). Razão e fé: estudo do grupo de oração como prática complementar na Promoção à Saúde. 81f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
SOUSA, V. da S. (2014). Um olhar sobre as práticas de cura em Campina Grande: moradores e agentes comunitários em busca de uma racionalidade alternativa em saúde. 53f. Monografia (Graduação em Geografia) – Unidade Acadêmica de Geografia, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande.
SOUSA, V. da S.; OLIVEIRA, E. R. de; MOURA, D. C. (2011). Análise fitogeográfica das plantas medicinais comercializadas nas feiras livres de Campina Grande, PB - Brasil. 10f. Iniciação Científica (PIVIC/CNPq/UFCG) – Unidade Acadêmica de Geografia, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande.
SOUSA, V. da S.; PEREIRA, M. P. B. (2013). A arte de cuidar da saúde: relação entre o morador e o ACS em Campina Grande - PB. 10f. Iniciação Científica (PIBIC/ CNPq/UFCG) – Unidade Acadêmica de Geografia, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande.
WESSLING, L. (2007). A importância do patrimônio fitoterápico na vida dos camponeses que habitam a área rural de Blumenau. 113f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Universidade Regional de Blumenau, Blumenau.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.