ANÁLISE GEOCARTOGRÁFICA MULTIESCALAR DO SUICÍDIO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE

Autores

  • Adeir Archanjo da Mota Departamento de Geografia – FCH, Universidade Federal da Grande Dourados Líder do grupo de pesquisa “Saúde, Espaço e Fronteira(s)” Rodovia Dourados/Itahum, Km 12, CEP 79.804-970, Dourados - MS

Palavras-chave:

Geografia da Saúde, Suicídio, Análise Espacial, Cartografia Temática

Resumo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem divulgado estudos sobre a saúde mental e a prevenção do suicídio no início do século XXI, o que era eventual até a década de 1990. O aumento do interesse pela temática está relacionado a rápida expansão das quantidades e das taxas de suicídio nas últimas três décadas. O objetivo do presente estudo foi analisar geocartograficamente o suicídio na América Latina e Caribe de forma multiescalar. A metodologia conta com a revisão bibliográfica das categorias: suicídio, análise espacial e multiescalaridade. A elaboração de mapas temáticos com diferentes níveis territoriais e com maior número de classes de agrupamentos de dados permitiram a melhor apreensão da complexidade inerente a espacialidade do fenômeno. A análise multiescalar do suicídio, partindo do recorte espacial latino-americano e caribenho, passando pelas escalas nacional, mesorregional até a escala local permite evidenciar as diferenciações espaciais do suicídio e propor políticas públicas de saúde mental mais equitativas, mais eficazes e mais eficientes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BANDO, D. H.; BARROZO, L. V. (2010). O Suicídio na Cidade de São Paulo: Uma análise sob a perspectiva da Geografia da Saúde. São Paulo: Humanitas.

BARCELLOS, C.; RAMALHO, W. (2002). Situação Atual do Geoprocessamento e da Análise de Dados Espacial em Saúde no Brasil. Informática Pública, v. 4, n. 2, p. 221-230.

BARCELLOS, C. (2008). Apresentação. In BARCELLOS, C. (org.) A Geografia e Contexto dos Problemas de Saúde. ABRASCO/ICICT/EPSJV, Rio de Janeiro: p. 9-14.

BRASIL. Departamento de Informática do SUS (DATASUS) (2013). In: http://www2. datasus.gov.br/DATASUS/index.php

COSTA, A. J. L.; KALE, P. L.; VERMELHO, L. L. (2009). Indicadores de Saúde. In MEDRONHO, R. A. et al. (org.) Epidemiologia. Atheneu, São Paulo: p. 31-82.

DIEKSTRA, R. F. W. (1995). The Epidemiology of Suicide and Parasuicide. In DIEKSTRA, R. F. W. et al. (org.) Preventive strategies on suicide. WHO/ Brill, New York/Leiden: p. 1-34.

DIEKSTRA, R. F. W.; GULBINAT, W. (1993). The epidemiology of suicidal behaviour: a review of three continents. World Health Statistics Quarterly, v. 46, n. 1, p. 52-68.

DURKHEIM, E. (1986). Le Suicide: Étude de Sociologie. Paris: PUF.

GIGGS, J. A. (1973). The distribution of schizophrenia in Notingham. Transactions of the Institute Medical Journal, n. 284, p. 294-287.

GUIMARÃES, R. B. (2005). Regiões de saúde e escalas geográficas. Cadernos de Saúde Pública, v. 21, n. 4, p. 1017-1025.

IBGE. (1990). Divisão do Brasil em microrregiões e mesorregiões geográficas. Rio de Janeiro: IBGE.

IBGE. (2012a). Estimativas Populacionais 1998, 1999, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009. In: http://www.ibge.gov.br

IBGE. (2012b). Censos Demográficos de 1980, 1991, 2000 e 2010. In: http://www. ibge.gov.br

IÑIGUEZ ROJAS, L. (2006). Salud y bienestar humano en la Geografía de América Latina. In LEMOS, A. I. G; SILVEIRA, M. L; ARROYO, M. (org.) Questões territoriais na América Latina. EDUSP, São Paulo: p. 227-248.

KIM, M. H.; JUNG-CHOI, K.; JUN, H. J.; KAWACHI, I. (2010). Socioeconomic inequalities in suicidal ideation, parasuicides, and completed suicides in South Korea. Social Science & Medicine, v. 70, n. 8, p. 1254–1261.

MEADE, M. S.; FLORIN, J. W.; GESLER, W. M. (1988). Medical geography. London/ New York: Guilford Press.

MINAYO, M. C. S.; MENEGHEL, S. N.; CAVALCANTE, F. G. (2012). Suicídio de homens idosos no Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, v. 17, n. 10, p. 2665-2674.

MOTA, A. A. (2014). Suicídio no Brasil e os contextos geográficos: contribuições para política pública de saúde mental. 208f. Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (2013). Data and Statistics. In: http://www.paho.org

SOUZA, M. L. (2007). Da “diferenciação de áreas” à “diferenciação socioespacial”: A “visão (apenas) de sobrevôo” como uma tradição epistemológica e metodológica limitante. Cidades, v. 4, n. 6, p. 101-114.

STACK, S. (2000). Suicide: A 15-year review of the sociological literature: part I: Cultural and Economic Factos. Suicide & Life: Threatening Behavior, v. 30, n. 2, p. 145-162.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (1993). Guidelines for the primary prevention of mental, neurological and psychosocial disorders. Geneva: WHO Press.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (2000). Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde em atenção primária. Geneva: WHO Press.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (2001). The World Health Report 2001: Mental Health: New Understanding, Geneva: WHO Press/New Hope.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (2010). Mental health and development: targeting people with mental health conditions as a vulnerable group. Geneva: WHO Press.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (2012a). Mental Health. In: http://www.who. int/mental_health/en/

WORLD HEALTH ORGANIZATION (2012b). Public health action for the prevention of suicide: a framework. Geneva: WHO Press.

Downloads

Publicado

01/21/2022

Como Citar

Archanjo da Mota, A. (2022). ANÁLISE GEOCARTOGRÁFICA MULTIESCALAR DO SUICÍDIO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE. Revista Espaço E Geografia, 18(2), 279:301. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/espacoegeografia/article/view/40017