REDES SOLIDÁRIAS DE COMERCIALIZAÇÃO E COMPRA DE PRODUTOS NORDESTINOS NO DISTRITO FEDERAL (DF)

Autores

  • Claudia Andreoli Galvão 1UnB – Universidade de Brasília – Departamento de Geografia Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, 70910-900, Brasília, DF, Brasil
  • Violeta de Faria Pereira UnB – Universidade de Brasília – Departamento de Geografia Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, 70910-900, Brasília, DF, Brasil
  • Luiz Fernando de Mattos Pimenta UnB – Universidade de Brasília – Departamento de Geografia Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, 70910-900, Brasília, DF, Brasil.
  • Mariângela da Silva Duarte UnB – Universidade de Brasília – Departamento de Geografia Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, 70910-900, Brasília, DF, Brasil

Palavras-chave:

Economia Solidária, Comércio Solidário, Fair Trade, Agricultura Familiar, Redução da Pobreza

Resumo

A preocupação com a perda de espaço da agricultura familiar nordestina face a intensificação da globalização e dos complexos agroindustriais no mercado interno brasileiro, levando a uma exclusão crescente da produção dessa agricultura, nos leva a refletir sobre as formas possíveis de evitar que as pessoas que atualmente dependem dessa agricultura para sua sobrevivência percam suas possibilidade de manutenção no meio rural e vejam como alternativa única a migração para as periferias de cidades médias, cirando um processo de desterritorialização. Uma das maneiras de manter os atuais territórios é a formação de redes solidárias de comércio entre a agricultura familiar e os nordestinos que migraram para grandes cidades em épocas em que o processo quer de crescimento urbano-industrial ainda tinha dinamismo suficiente para integrálos à economia urbana. As populações imigradas não perdem os vínculos com sua origem criando um comércio de produtos típicos do Nordeste. O comércio solidário cria vínculos entre produtores e consumidores aumentando o acesso dos produtores familiares ao mercado, criando oportunidades de melhores condições de vida e de trabalho na agricultura familiar nordestina, com aumento da renda e a redução da pobreza. As redes solidárias de produção e consumo representam a possibilidade de os agricultores familiares saírem do círculo vicioso da exploração que permite que os intermediários fiquem com a maior parcela de acumulação e poupança, para um circulo virtuoso onde eles se apropriariam dos excedentes gerados pelo seu trabalho.

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Referências

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Publicado

01/21/2022

Como Citar

Andreoli Galvão, C. ., de Faria Pereira, V., de Mattos Pimenta, L. F., & da Silva Duarte, M. (2022). REDES SOLIDÁRIAS DE COMERCIALIZAÇÃO E COMPRA DE PRODUTOS NORDESTINOS NO DISTRITO FEDERAL (DF). Revista Espaço E Geografia, 8(1), 1–22. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/espacoegeografia/article/view/39749

Edição

Seção

Artigos