A ecologia da interação comunicativa

metodologia e análise

Autores

  • Davi Borges de Albuquerque NELIM/GEPLE

Resumo

Na Linguística Ecossistêmica, ramo da Ecolinguística que enfatiza o estudo dos ecossistemas e das interações que ocorrem dentro dele, o ecossistema pode ser definido como um composto de população de organismos e das diversas interações ‘organismo-organismo’ e ‘organismo-habitat’. Ele é o conjunto maior onde estão localizados os diferentes ‘meio ambientes’ e onde ocorrem as várias ‘inter-relações’. Destaca-se a importância das interações comunicativas e seu estudo de acordo com a abordagem ecolinguística, que envolve justamente essas interações, juntamente com a comunhão e as regras interacionais (que inclui as regras sistêmicas. Para conduzir o presente estudo de maneira mais objetiva, serão apresentados os subsídios teóricos da ecologia da aquisição e do multilinguismo, uma proposta de metodologia para a EIC e a aplicação desta num estudo de caso. Finalmente, temos as considerações finais com os resultados alcançados com o presente artigo.      

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Davi Borges de Albuquerque, NELIM/GEPLE

Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Linguística e Licenciado em Letras - Português do Brasil como segunda língua (PBSL) pela mesma universidade. Foi Professor Cooperante da Universidade Nacional Timor Lorosa'e (UNTL), em Timor-Leste (2008-2009), e Professor Substituto da Universidade Federal de Sergipe (UFS), de 2011 a 2013.

Referências

ALBUQUERQUE, D. B. O Português de Timor Leste: contribuição para o estudo de uma variedade emergente. Papia, v. 21, n.1, 2011, p.65-82.
_____. Bilinguismo e Multilinguismo em Timor-Leste: Aquisição, Interação e Estudo de Caso. PerCursos Linguísticos, v.2, n.6, 2012a, p. 1-17.
_____. Interferências culturais no ensino-aprendizagem de língua portuguesa em Timor-Leste. In: Anais do III ENILL - Encontro Interdisciplinar de Língua e Literatura. V. 3. Itabaiana: Departamento de Letras ”“ UFS, 2012b. p. 1-10.
_____. Ecologia dos contatos linguísticos em Manbae, Timor-Leste. In: COUTO, E. K. N. N.; ALBUQUERQUE, D. B.; ARAÚJO, G. P. (Org.). Da Fonologia à Ecolinguística. Ensaios em homenagem a Hildo Honório do Couto. Brasília: Thesaurus, 2013. p. 251-283.
_____. A língua portuguesa em Timor-Leste: uma abordagem ecolinguística. Tese (Doutorado em Linguística). Programa de Pós-Graduação em Linguística, Universidade de Brasília, Brasília. 2014.
_____. O contato de línguas em Timor-Leste: mudanças e reestruturação gramatical. Percursos Linguísticos, v. 5, 2015a, p. 68-90.
____. Palavras iniciais sobre a metodologia em ecolinguística. Via Litterae, v. 7, 2015b, p. 131-142.
_____. Ensaios de ecolinguística teórica e aplicada. Brasília: ANS editor, 2018. Disponível em: http://www.ecoling.unb.br/images/3---Davi-.pdf. (Acesso 05 fev. 2019).
_____. A Interação Intercultural em Timor-Leste: aspectos linguísticos e ecológicos. Revista Plural Pluriel, 2019.
BANG, J. C.; DØØR, J. Language, Ecology and Society. A Dialectical Approach. Editado por Sune Vork Steffensen e Joshua Nash. Londres: Continuum, 2007.
BATORÉO, H. J. The contact induced partial restructuring of the non-dominating variety of Portuguese in East Timor. In: Muhr, R. (ed.). Pluricentric Languages and Non-Dominant Varieties Worldwide: the Pluricentricity of Portuguese and Spanish: New Concepts and Descriptions. Vol. II. Viena/ Frankfurt: Peter Lang Verlag, 2016. p. 137-153
BUSQUETS, V. L. C. “Eu queria muito aprender português mais”: aspectos da língua portuguesa em uso em Timor-Leste pós-independência. Dissertação (Mestrado em Letras). Faculdade de Filosofia, Letras e Educação, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo. 2007.
CALVET, L-J. Pour une écologie des langues du monde. Paris: Plon, 1999.
COUTO, H. H. Ecolinguística. Estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília: Thesaurus, 2007.
_____. O que vem a ser ecolinguística, afinal? Cadernos de Linguagem & Sociedade, v. 14, n. 1, 2013, p. 275-313.
_____. Linguística ecossistêmica. ECO-REBEL. Revista Brasileira de Ecologia e Linguagem, v. 01, n. 01, 2015, p. 39-62.
_____. Linguística ecossistêmica. In: COUTO, H. H. et al. (org.) O paradigma ecológico para as ciências da linguagem: ensaios clássicos e contemporâneos. Goiânia: Editora da UFG, 2016. P. 209-262.
_____. A metodologia na linguística ecossistêmica. ECO-REBEL. Revista Brasileira de Ecologia e Linguagem, v. 04, n. 02, 2018, p. 18-33.
GARNER, M. Language: An ecological view. Oxford: Peter Lang, 2004.
GOGLIA, F.; AFONSO, S. Multilingualism and language maintenance in the East Timorese diaspora in Portugal. Ellipsis ”“ Journal of the American Portuguese Studies Association, vol. 10, 2012, p. 97-123.
HOLM, J.; GREKSAKOVA, Z.; ALBUQUERQUE, D. The Partial Restructuring of Timorese Portuguese. Comunicação apresentada ao ‘Workshop East Timorese diasporas and language contact’. Reed Hall, University of Exeter, 2015.
KRAMSCH, C. Introduction. How can we tell the dancer from the dance? In: KRAMSCH, C. (ed.) Language acquisition and language socialization: Ecological perspectives. Londres: Continuum, 2002. p. 1-29.
_____. Ecological perspectives on foreign language education. Language Teaching, v.41, n.3, 2007, p.389-408.
KRAMSCH, C.; STEFFENSEN, S. V. Ecological perspectives on second language acquisition and socialization. In: HORNBERGER, N.; DUFF, P. (Eds.). Encyclopedia of language and education. Vol. 8. Language and socialization. Heidelberg: Springer Verlag, 2008. p. 17-28.
KRAMSCH, C.; WHITESIDE, A. Language Ecology in Multilingual Settings. Towards a Theory of Symbolic Competence. Applied Linguistics, v. 29, n. 4, 2008, p. 645-671.
KOCH, I. G. V. A Repetição e suas Peculiaridades no Português Falado no Brasil. In: URBANO, U. et al. (org). Dino Preti. Seus Temas: Oralidade, Literatura, Mídia e Ensino. São Paulo: Cortez, 2001. p. 118-127.
_____. Introdução à lingüística textual: trajetória e grandes temas. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
LARSEN-FREEMAN, D. Chaos/complexity science and second language acquisition. Applied Linguistics, v.18, n. 2, 1997, p. 141-165.
LEATHER, J. Modeling the acquisition of speech in a ‘multilingual’ society: An ecological approach. In: KRAMSCH, C. (ed.) Language acquisition and language socialization: Ecological perspectives. Londres: Continuum, 2002. p. 47-66.
LEATHER, J.; VAN DAM, J. Towards an Ecology of Language Acquisition. In: LEATHER, J.; VAN DAM, J. (orgs.). Ecology of language acquisition. Dordrecht: Kluwer, 2003. p. 1-29.
LEMKE, J. Language development and identity: Multiple timescales in the social ecology of learning. In: KRAMSCH, C. (ed.) Language acquisition and language socialization: Ecological perspectives. Londres: Continuum, 2002. p. 68-87.
MARCUSCHI, L. A. A repetição na língua falada como estratégia de formulação textual. In: KOCH, I. G. V. (Org.). Gramática do português falado. Vol. VI. Campinas: Ed. Unicamp, 1996. p. 95-129.
_____. A oralidade no contexto dos usos lingüísticos: caracterizando a fala. In: MARCUSCHI, L. A.; DIONISIO, Â. P. (Org.). Fala e Escrita. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 57-84.
_____. Repetição. In: JUBRAN, C. A. S.; KOCH, I. G. V. (Org.). Gramática do português falado no Brasil: construção do texto falado. Vol. I. Campinas: Ed. Unicamp, 2006. p. 219-254.
SILVA, K. Elites timorenses e a construção do Estado: projeções identitárias, ressentimentos e jogos de poder. In: SEIXAS, P.; ENGELENHOVEN, A. (Org.). Diversidade cultural na construção do Estado e da Nação em Timor-Leste. Porto: Editora Universidade Fernando Pessoa, 2006. p. 150-165
STEFFENSEN, S. V. Care and conversing in dialogical systems. Language Sciences, v. 34, n. 5, 2012, p. 513-531.
_____. Human Interactivity: Problem-Solving, Solution-Probing and Verbal Patterns in the Wild. In: COWLEY Stephen J.; VALLÉE-TOURANGEAU, F. (eds.). Cognition Beyond the Brain. Londres: Springer, 2013. p. 195-221.
URYU, M.; STEFFENSEN, S. V.; KRAMSCH, C. The ecology of intercultural interaction: timescales, temporal ranges and identity dynamics. Language Sciences, v.41, n.1, 2014, p. 41-59.
VAN DAM, J. Language acquisition behind the scenes: collusion and play in educational setting. In: LEATHER, J.; VAN DAM, J. (orgs.). Ecology of language acquisition. Dordrecht: Kluwer, 2003. p. 203-222.
VAN LIER, L. The Ecology and Semiotics of Language Learning. A Sociocultural Perspective. Dordrecht: Kluwer, 2003.

Downloads

Publicado

2020-03-12

Como Citar

Albuquerque, D. B. de. (2020). A ecologia da interação comunicativa: metodologia e análise. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 6(1), 124–154. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/29931

Edição

Seção

Artigos