Apontamentos de uma contra-educação em “O retrato de Dorian Gray” e em “De Profundis”
Mots-clés :
Educação fática; Contra-educação; Alma.Résumé
O que se propõe neste texto é a importância dos arquétipos no processo educacional, considerando três aspectos principais: o imaginário, a "educação fática" e a estória de vida, mesmo que o imaginário e a estória de vida fiquem subentendidos na narrativa. Será priorizada, então, a Educação Fática como um processo de individuação e iniciação, buscando a completude do ser. A aprendizagem, influenciada por fatores afetivos e inconscientes, que se sobrepõem à racionalidade, é descrita como um caminho de descoberta semelhante ao processo de individuação em busca do centro. Os fatores afetivos e inconscientes, considerados como fáticos, estarão relacionados à temporalidade, tornando-se um processo de vida, assim com as estórias de vida nas quais mitos e símbolos pessoais desempenham um papel importante na aprendizagem. As heurísticas do imaginário são tomadas como ferramentas para interpretação da intencionalidade do sujeito nas narrativas de vida, revelando imagens numinosas como fatores fáticos de sensibilidade mitopoética, acrescentando elementos como o acaso e o destino à educação. O texto propõe uma análise desses processos no contexto dos romances O Retrato de Dorian Gray e De Profundis de Oscar Wilde, destacando a importância do mito pessoal e das imagens repetitivas na narrativa do autor, revelando a dimensão estética da Educação, no dandismo de Oscar Wilde. O texto relaciona, também, os processos de iniciação e individuação com a educação, levantando a noção de "Educação Fática" como uma contra-educação da alma.
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(c) Tous droits réservés Ecolinguística: Revista brasileira de ecologia e linguagem (ECO-REBEL) 2024
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