Os sentidos da natureza: implicando os saberes decoloniais nos estudos discursivos ecolinguísticos
Palabras clave:
Discursos; Natureza; Ecolinguística; Saberes DecoloniaisResumen
O presente ensaio tem o objetivo de refletir sobre como os estudos discursivos propostos no seio da Ecolinguística podem se beneficiar do diálogo profundo com os Saberes Decoloniais. À luz das propostas filosófico-teóricas dos estudos ecolinguísticos do discurso (COUTO et al., 2015; STIBBE, 2015; BORGES, 2020; 2021; COUTO; FERNANDES, 2020) e dos estudos decoloniais (QUIJANO, 2000; 2007; BOFF, 2012; ACOSTA, 2016; SANTOS, 2008; 2010; dentre outros), buscamos aventar uma chave interpretativa que considere, na explanação social das questões analisadas, os sentidos da Natureza. O ensejo para tal parte da percepção de que a Natureza possui, por si própria, uma força agenciadora, fomentando diferentes sentidos e configurando identidades, ou seja, ela participa ativamente e de maneira não determinística na construção das múltiplas sensibilidades de mundo que a habitam. Entretanto, frequentemente, essa agência é apagada no contexto das sociedades ocidentalizadas, sendo a Natureza entendida como uma posse ou domínio a ser conquistado, domesticado, moldado etc.
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