Por pretexto fora de contexto: a dinâmica das fake news veiculadas sobre a Covid-19 em uma abordagem linguístico-ecossistêmica

Autores/as

  • Samuel de Sousa Silva UEMS/NELIM

Palabras clave:

Coronavírus; Ecolinguística; Fake News; Contextualização e descontextualização.

Resumen

O nosso objetivo neste artigo é descrever a dinâmica das fake news: que elementos estruturantes discursivos são constitutivos desse tipo de discurso e quais práticas sociais ideológicas são representadas. Partiremos da heurística da Ecolinguística em que procuraremos delimitar o ecossistema integral da língua (COUTO, 2018) no qual esse discurso é produzido, e faremos o que Albuquerque (2015) entende a partir de Nash como sendo um "minimalismo empírico", a partir do qual se estuda um objeto por meio de suas inter-relações no interior do ecossistema delimitado. Vislumbramos na análise que no território virtual das redes sociais um determinado grupo de afinidades ideológicas se reconhece e empenha-se em divulgar e replicar a mensagem transmitida por um autor representativo do grupo.  Sendo assim, território e povo são categorias indissociáveis. Em relação a língua na qual se articula os discursos, vimos um movimento de retorno a um discurso anterior fundante dessa ideologia, em que o leitor é levado a acreditar que tem uma resposta para uma questão emergente, quando na verdade ocorreu uma dissociação entre o contexto da pergunta e o contexto da resposta.

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Biografía del autor/a

Samuel de Sousa Silva, UEMS/NELIM

Doutorado em linguística pela universidade federal de goias - UFG (2014 - 2018). Mestre em linguística pela UFG (2012 - 2014). Graduação em linguística pela UFG (2008 - 2011). graduação em teologia pelo Seminário Presbiteriano Brasil Central (2002 - 2005) Curso livre. Realiza pesquisas na área de Linguagem e Sociedade com ênfase em Ecolinguística, Antropologia do Imaginário, Semiótica Greimasiana e Análise do Discurso. Pesquisador do Núcleo de Estudos de Ecolinguística e Imaginário (NELIM), cadastrado no CNPQ. Foi professor das disciplinas de leitura e produção textual, português nivelamento na Universidade estadual do Mato Grosso (UNEMAT), unidade Nova Xavantina, no primeiro semestre de 2018. E é professor substituto na Universidade federal de Goiás (UFG) em Goiânia, ministrando disciplinas de leitura e produção textual, introdução a linguística e teoria da enunciação.

Citas

ALBUQUERQUE, Davi Borges. Palavras iniciais sobre metodologia em Ecolinguística. Via litterae v. 7, n. 1, 2015, p. 131-142.

COUTO, Hildo Honório do. Linguística, ecologia e ecolinguística: contato de línguas. São Paulo: Contexto, 2009.

_______. A metodologia na linguística ecossistêmica. Ecolinguística: Revista Brasileira de Ecologia e Linguagem (ECO-REBEL), v. 04, n. 02, p. 18-33, 2018. Disponível em:

https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/12355/10835

ELIADE, Mircea. Mito do eterno retorno. tradução José A. Ceschin. São Paulo: Mercuryo, 1992.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

NOWOGRODZKI da Silva, Anderson. Confluências entre a sociolinguística qualitativa e a Ecolinguística: práticas religiosas virtualizadas. ECO-REBEL v. 05, n. 02, 2019, p. 54-74. Disponível em:

https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/27662/23799

SILVA, Samuel Sousa. Por uma metodologia própria para a Ecolinguística e a ADE. Via litterae, v. 7, n. 1, p. 143-155, 2015.

Publicado

2020-10-01

Cómo citar

Silva, S. de S. . (2020). Por pretexto fora de contexto: a dinâmica das fake news veiculadas sobre a Covid-19 em uma abordagem linguístico-ecossistêmica. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 6(3), 152–165. Recuperado a partir de https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/34516

Número

Sección

Artigos