Por pretexto fora de contexto: a dinâmica das fake news veiculadas sobre a Covid-19 em uma abordagem linguístico-ecossistêmica
Palabras clave:
Coronavírus; Ecolinguística; Fake News; Contextualização e descontextualização.Resumen
O nosso objetivo neste artigo é descrever a dinâmica das fake news: que elementos estruturantes discursivos são constitutivos desse tipo de discurso e quais práticas sociais ideológicas são representadas. Partiremos da heurística da Ecolinguística em que procuraremos delimitar o ecossistema integral da língua (COUTO, 2018) no qual esse discurso é produzido, e faremos o que Albuquerque (2015) entende a partir de Nash como sendo um "minimalismo empírico", a partir do qual se estuda um objeto por meio de suas inter-relações no interior do ecossistema delimitado. Vislumbramos na análise que no território virtual das redes sociais um determinado grupo de afinidades ideológicas se reconhece e empenha-se em divulgar e replicar a mensagem transmitida por um autor representativo do grupo. Sendo assim, território e povo são categorias indissociáveis. Em relação a língua na qual se articula os discursos, vimos um movimento de retorno a um discurso anterior fundante dessa ideologia, em que o leitor é levado a acreditar que tem uma resposta para uma questão emergente, quando na verdade ocorreu uma dissociação entre o contexto da pergunta e o contexto da resposta.
Descargas
Citas
ALBUQUERQUE, Davi Borges. Palavras iniciais sobre metodologia em Ecolinguística. Via litterae v. 7, n. 1, 2015, p. 131-142.
COUTO, Hildo Honório do. Linguística, ecologia e ecolinguística: contato de línguas. São Paulo: Contexto, 2009.
_______. A metodologia na linguística ecossistêmica. Ecolinguística: Revista Brasileira de Ecologia e Linguagem (ECO-REBEL), v. 04, n. 02, p. 18-33, 2018. Disponível em:
https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/12355/10835
ELIADE, Mircea. Mito do eterno retorno. tradução José A. Ceschin. São Paulo: Mercuryo, 1992.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
NOWOGRODZKI da Silva, Anderson. Confluências entre a sociolinguística qualitativa e a Ecolinguística: práticas religiosas virtualizadas. ECO-REBEL v. 05, n. 02, 2019, p. 54-74. Disponível em:
https://periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/27662/23799
SILVA, Samuel Sousa. Por uma metodologia própria para a Ecolinguística e a ADE. Via litterae, v. 7, n. 1, p. 143-155, 2015.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Ecolinguística: Revista brasileira de ecologia e linguagem (ECO-REBEL)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).