Ecolinguística: um enquadramento conceitual
Palabras clave:
Ecolinguística, contradições nucleares, matriz semântica, modelo dialógico, referência.Resumen
A linguística e a linguística aplicada têm tentado se apresentar como neutras, tentando imitar as ciências naturais. A linguagem e a linguística são avaliadas como parte da atividade social, constituídas por e constituindo a práxis social, como parte de um processo significativo que se baseia em valores. A práxis social é constituída por várias contradições nucleares, como cultura-natureza, privado-público, cidade-campo. A ecolinguística é a parte da linguística aplicada crítica que focaliza as maneiras pelas quais a linguagem e a linguística são envolvidas na crise ecológica. Ela é uma teoria crítica de linguagem e é tanto partidária quanto objetiva. Esse modelo dialético de linguagem inclui também uma matriz semântica, que explicita os diversos tipos de significado. Ele inclui ainda o modelo dialógico que, na verdade, não é 'duológico' como os modelos tradicionais, mas inclui um terceiro participante, vale dizer, ele compreende sujeito 1 (S1), sujeito 2 (S2) e sujeito 3 (S3). Tudo deve ser encarado da perspectiva das dimensões bio-lógica, sócio-lógica e ideo-lógica. A referência compreende as dimensões lexical, anafórica e dêitica. A nossa teoria ecológica e dialética de linguagem e de linguística é uma crítica tanto da cultura que produz a crise ecológica quanto das suas teorias tradicionais de linguagem. O artigo termina com a análise de dois textos legais sobre a produção orgânica.
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Citas
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