O ecossistema linguístico e cultural urbano da imigração italiana no eixo Rio de Janeiro-Juiz de Fora
Palavras-chave:
Linguística ecossistêmica. Comunidade de fala. Imigração italiana. Línguas em contato.Resumo
Esse trabalho tem o escopo de identificar o ecossistema linguístico dos imigrantes italianos que se dedicaram ao trabalho de distribuição de jornais nas cidades de Juiz de Fora e Rio de Janeiro. Com base nas premissas da linguística ecossistêmica, que enxerga uma Comunidade de Fala (CF) como o ecossistema linguístico por excelência, esta pode ser delimitada pelo pesquisador de acordo com o viés de observação adotado. Compararemos a CF Fazenda do Zé Artino (COUTO, 2016), com a CF desses jornaleiros, apontando as diferenças e mostrando as possibilidades de estudo de ambas sob a perspectiva holística da ecolinguística.
Downloads
Referências
BERTONHA, João Fábio. Sob o signo do Fascio: O fascismo, os imigrantes italianos e o Brasil, 1922-1943. Tese de doutoramento, Universidade Estadual de Campinas, 1998.
COUTO, Hildo Honório do. Ecolinguística: estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília: Thesaurus, 2007
___________ Linguística, ecologia e ecolinguística. São Paulo: Contexto, 2009.
___________ A comunidade de fala da Fazenda do Zé Artino. http://meioambienteelinguagem.blogspot.com.br/2016/02/a-comunidade-de-fala-fazenda-do-ze.html , 2016 (acesso: 26/09/2016)
CROCI, Federico. A Imigração no Brasil. In: MELLO, Heliana; ALTENHOFEN, Cléo V.; RASO, Tommaso. Os contatos linguísticos no Brasil. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011
ECKERT, Penelope. Variation, convention and social meaning. Paper Presented at the Annual Meeting of the Linguistic Society of America. Oakland CA, Jan. 7, 2005
ECKERT, Penelope. Three Waves of Variation Study: The Emergence of Meaning in the Study of Sociolinguistic Variation. Annual Review of Anthropology, n. 100, p. 41:87, 2012
FERENZINI, Valéria Leão. Os italianos e a Casa D’Italia de Juiz de Fora. In: Locus: revista de História da UFJF. Juiz de Fora, v. 14, n. 2 p. 149-159, 2008
GAIO, Mario Luis Monachesi. Imigração italiana em Juiz de Fora: manutenção e perda linguística em perspectiva de representação. 111f. Dissertação de mestrado. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2013
GOMES, Altair Martins. O Estudo de redes Sociais e sua contribuição para a ecolinguística. Atas do IIº encontro brasileiro de imaginário e ecolinguística,11 a 13/novembro/2015, p. 256-271
MUFWENE, Salikoko. Ecologia da língua: algumas perspectivas evolutivas. In: COUTO, Hildo Honório do et al. (orgs.). O Paradigma Ecológico para as Ciências da Linguagem: ensaios ecolinguísticos clássicos e contemporâneos. Goiânia: Editora UFG, 2016
SAVEDRA, Mônica Maria Guimarães; GAIO, Mario Luis Monachesi; CARLOS NETO, Marcionilo Euro. Contato linguístico e imigração no Brasil: fenômenos de manutenção/revitalização, language shift e code-switching. Veredas, v. 19, n. 1, p. 71-91, 2015
TRAMPE, Wilhelm. Sobre o papel da linguagem nos sistemas antropogênicos. Ecolinguística: Revista brasileira de ecologia e linguagem (ECO-REBEL), v. 2, n. 1, p. 41-59, 2016. http://periodicos.unb.br/index.php/erbel/index (acesso: 20/09/2016).
TRENTO, Angelo. Os italianos no Brasil. São Paulo: Bardella, 2000.
WEINREICH, Uriel. Languages in Contact: Findings and Problems. Haia: Mouton Publishers, 1968 [1953].
WENGER, Etienne. Comunità di Pratica. Apprendimento, significato e identità . Milão: Raffaello Cortina Editore. 2006 [1998].
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).