Entre a razão, a pulsão e a imaginação: três vias possíveis para o ator em um percurso criativo
DOI:
https://doi.org/10.26512/dramaturgias.v0i10.24898Palavras-chave:
Metodologia. Direção de atores. Ator criador.Resumo
Esta é uma reflexão sobre as possíveis convergências, complementaridades e mesmo contradições entre as metodologias de direção de atores adotadas por Christian Benedetti, Thomas Ostermeier e Thierry Thieu Niang, observadas no decorrer do trabalho com um grupo de alunos do segundo ano do Conservatoire National Supérieur d’Art Dramatique por ocasião da quarta etapa do projeto de pesquisa Les Processus de direction d’acteurs, de transmission et d’échanges, vin- culado ao Labex Arts-H2H da Université de Paris 8 Vincennes Saint-Denis, sob a direção de Jean-François Dusigne, realizada em junho de 2015. Cada um dos diretores trabalhou durante uma semana com o mesmo grupo de atores-es-tudantes em torno do mesmo texto com o propósito de confrontar questões relativas ao processo criativo sob a perspectiva de três diretores de diferentes origens e experiências artísticas. Para reconhecer a natureza híbrida das estratégias metodológicas aplicadas, procurei considerar alguns aspectos comuns às práticas observadas e identificar as singularidades das abordagens propostas. Tomei como referencial para esta análise o objetivo comum explicitado pelos três diretores: o de tirar proveito da potencialidade criativa do ator. Essa noção, entretanto, é percebida diferentemente segundo a compreensão de cada diretor quanto ao papel criativo do ator. Isto se revela nas pro- postas metodológicas em aspectos tais como a abordagem do texto proposto; a condução do trabalho coletivo; as opções de ocupação do espaço da sala; o engajamento corporal demandado; a presença de relações hierárquicas e a aproximação do exercício criativo à experiência de vida.
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Referências
DUSIGNE, Jean- François, Organizador. La direction d’acteurs peut-elle s’apprendre?Obra Coletiva, Paris: Les Solitaires intempestifs, 2015.
OSTEMEIER, Thomas. Le Théâtre et la Peur, Organização Georges Banu, Tradução Jitka Goriaux Pelechová.Paris: Actes Sud, 2016.
PICON-VALLIN, Béatrice. Meyerhold. Paris: CNRS Editions, 2004.
TCHEKHOV, Anton, La Mouette, Tradução André Marckowicz e Françoise Morvan. Paris: Actes Sud, 1996.
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