Objetologia. O discurso e o estatuto do objeto na história da arte entre contemplação e precariedade

Autores

  • Biagio D'Angelo Universidade de Brasilia

Resumo

Nestas páginas definiremos como “objetologia” uma reflexão sobre o objeto, superando seu status simplesmente realista, tangível. A objetologia excede o próprio objeto e transforma seu discurso em arte. A pintura ou a escultura de objetos, por exemplo, realiza, por meio de sinestesias, alusões misteriosas, recordações, aquelas conexões sugestivas entre o material e o metafísico. De fato, os objetos são um problema estético: coisas mortas com valor de vivas, que aspiram a ser contempladas, relembrando a vaidade de tudo. Desde a história antiga o culto aos objetos representa um dos meios de comunicação entre os defuntos e os deuses. Além de serem parte do relacionamento do sujeito com a realidade, os objetos, enquanto fenômeno, interrogam o logos da visibilidade. Como Cézanne procurou investigar em suas naturezas-mortas, o que é visível não se explica suficientemente pela sua mera visibilidade.

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

D’Angelo, B. (2016). Objetologia. O discurso e o estatuto do objeto na história da arte entre contemplação e precariedade. Revista De Design, Tecnologia E Sociedade, 3(1). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/design-tecnologia-sociedade/article/view/13663

Edição

Seção

Artigos