Cuncta quatiam:
Medeia abala estruturas
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_22_10Palavras-chave:
Medeia, Sêneca, Teatro, Filosofia, VirtudeResumo
O fim moralmente aporético da tragédia latina Medeia, de Sêneca, estarrece o leitor. Depois de ter matado os dois filhos em um ato de vingança contra Jasão, a figura feminina mítica é alçada ao céu em uma carruagem alada para uma saída triunfal. Como é que essa mulher repudiada e irada acaba por ser uma espécie de heroína para o dramaturgo estóico? Acontece que, para Sêneca, a virtus não é medida por boas ações no campo de batalha, mas como uma disposição mental para enfrentar adversidades. Em uma série de ocasiões, Sêneca escreve sobre o ser humano virtuoso e sua consistência de caráter. Tratamos neste artigo da Epistula 120 sobre epistemologia, da obra filosófica De providentia e das peças Medea e Hercules Furens na tentativa de elucidar o processo através do qual a princesa bárbara recupera sua identidade, longe dos homens, mais perto dos deuses.
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