Educação, costumes e leis como bases para a promoção das virtudes cívicas no Protágoras e na República

Autores

  • Guilherme Motta Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Platão, República, Protágoras, Educação, Virtude

Resumo

No Protágoras, de Platão, ao defender a sua
concepção segundo a qual a virtude se ensina, o personagem
que dá nome ao diálogo faz uma breve exposição do que seria a educação tradicional em seu tempo e atribui a ela, aos costumes e às leis o poder de promover nos cidadãos a conquista das virtudes cívicas fundamentais, ainda que destaque a necessidade do concurso da coerção. Uma comparação com a proposta de educação visando às mesmas virtudes na República mostrará uma notável semelhança entre as duas concepções. Porém certas diferenças fundamentais também se fazem notar. O sofista do
primeiro diálogo mencionado parece muito mais otimista do
que o Sócrates do segundo quanto à possibilidade de promover a virtude. O que parece patente é que, segundo esse Sócrates, é necessária uma intervenção muito profunda na educação e nos costumes antes que se possa esperar que os homens adquiram e mantenham as virtudes cívicas fundamentais. Essa intervenção parece fundada num profundo conhecimento da alma humana e das forças em jogo nela. Parece também fundada em uma compreensão de como intervir na alma para promover o ordenamento
que tornará possível a virtude. 

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Publicado

2014-01-25

Como Citar

Motta, G. (2014). Educação, costumes e leis como bases para a promoção das virtudes cívicas no Protágoras e na República. Archai Journal, (12), 103. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/8410

Edição

Seção

[Legado] Dossiê - Platão, conhecimento e virtude