Zenão e a impossibilidade da analogia

Autores

  • Alessio Gava UFMG

Palavras-chave:

Antiguidade, Artigo

Resumo

reductio ad absurdum foi elevada por Zenão de Eléia a único método que permitiria vislumbrar a verdadeira realidade, invisível tanto aos sentidos quanto à maneira de pensar comum. Mostrando uma certa continuidade com os filósofos anteriores, não só na busca de um procedimento para que a especulação pudesse avançar, como também na mesma rota de afastamento daquilo que é mais próximo, conhecido e particular (visível) em direção àquilo que é menos conhecido, distante e universal (invisível), para dizê-lo em termos aristotélicos, Zenão utilizou-se de argumentos aporéticos como único caminho possível para poder entrever o ‘reino do Ser’. Esse, com efeito, é invisível não somente aos nossos sentidos, como também ao nosso raciocínio ordinário. Eis que somente a ‘via do não-ser’, a única que poderia ser trilhada após Parménides, como diz Wolff, nos permite ter uma ideia, por quanto vaga, daquilo que é ‘verdadeiramente invisível’. Tão invisível ao ponto de ser inalcançável até mesmo pelo pensamento.

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Biografia do Autor

Alessio Gava, UFMG

Doutorando em Lógia e Filosofia da Ciência - departamento de Filosofia da UFMG

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Publicado

2014-01-25

Como Citar

Gava, A. (2014). Zenão e a impossibilidade da analogia. Archai Journal, (12), 25. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/8401