O tema da raiva na Retórica e na Ética de Aristóteles

Autores

  • Christopher Rowe Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Tripartição da alma, thumos (thymos), thumoeides (thymoeides), boulêsis, orgê

Resumo

Em breve “diálogo” com dois textos do Prof. John Cooper, este artigo trata um aspecto particular da relação entre os tratamentos da “alma”, principalmente, no Livro IV da República de Platão; e por Aristóteles no De anima, na Retórica e nos tratados éticos. Para Platão, a alma humana representa a combinação de três elementos, partes ou fatores - logistikon, thumoeides, epithumêtikon -, comparáveis a um homem, um leão e um monstro e respectivamente associados a ações causadas pela razão, pelo “thumos” ou por nossos apetites. A tripartição é uma ideia dominante pelo menos em contextos relacionados à psicologia moral e à explicação da ação nos diálogos platônicos a partir da República. Não há grande interesse de Aristóteles pelas “partes” da alma, mas pelo menos no contexto ético há alguma tendência a dividir a alma, se bem que apenas por analogia, e divide frequentemente o desejo em três subtipos - boulêsis, thumos e epithumia. Contudo, naqueles textos aristotélicos que se preocupam mais diretamente com a psicologia moral, isto é, os tratados éticos e a Retórica, o que realmente mais chama a atenção é, acima de tudo, a ausência da tripartição da alma. Para Aristóteles, não há muita utilidade para qualquer ideia de “partes” da alma no sentido platônico.

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Biografia do Autor

Christopher Rowe, Universidade de Brasília

Professor emérito do Departament of Classics and Ancient History da Durham University, Reino Unido.

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Publicado

2012-10-05

Como Citar

Rowe, C. (2012). O tema da raiva na Retórica e na Ética de Aristóteles. Archai Journal, (9), 11. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/archai/article/view/8321