A persuasividade dos Asseríveis e dos Argumentos no Estoicismo Antigo
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_32_29Palavras-chave:
Persuasão, Estoicismo, Lógica antiga, HelenismoResumo
Na primeira parte, fazemos um levantamento das ocorrências de pithanon (‘persuasivo’) e termos afins em textos e fragmentos do estoicismo antigo referentes à persuasão de asseríveis e argumentos e em textos e fragmentos em que a lógica estoica se apresenta como ferramenta para evitar a persuasão dos sofismas e o sábio estoico como aquele que capaz de vencer essa persuasão por sua perícia em dialética. Feito isso, consideramos criticamente as teses de Chiaradona, Sedley e Tieleman, para quem Crisipo está interessado em formas extralógicas de discurso. Avaliaremos também a tese de Tieleman segundo a qual Crisipo usa premissas persuasivas para fins construtivos. Em nossas conclusões, descartamos a tese sobre o reconhecimento de verdades extralógicas por Crisipo com base no ideal do sábio estoico. Concluímos que, no estoicismo, (1) pithanon refere-se principalmente a falsas afirmações, argumentos e representações e (2) que o sábio estoico não pode ser persuadido, mas pode persuadir seus ouvintes a fim de preparar suas almas para receber as doutrinas estoicas.
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