Sobre a dificuldade de compreender o sentido de movimento em Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_21_6Palavras-chave:
Aristóteles, Ontologia, MovimentoResumo
A despeito da maneira geral da tradição grega compreender o movimento, isto é, segundo seu aspecto negativo e análogo ao não-ser, Aristóteles elabora a noção de movimento na Física de modo tal que ela possa ser considerada em ato, algo determinado e positivo em relação ao ser. Todavia a tradição de comentadores, desde Simplício, reduz a definição de movimento à passagem da potência ao ato afastando-o do seu cráter original e identificando-o a um ato incompleto, autoaniquilante e um intermediário entre o não ser e o ser. É preciso tentar compreender a noção de movimento, evitando reduções e apropriações indevidas e procurar um caminho adequado para interpretar tal noção capital de maneira coerente com o texto apresentado na Física, Livro III restituindo-lhe o estatuto e o lugar apropriados.
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Referências
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