Tum Longas Condimus Iliadas
A Helena de Propércio
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_21_5Palavras-chave:
Elegia, Propércio, Cícero, Dionísio de Halicarnasso, Pintura, PoesiaResumo
Este artigo observa e analisa os usos da imagem poética de Helena em Propércio. Minha hipótese trabalha com a metáfora: “Cíntia é Helena.” Cíntia pode ser lida como o par amoroso do ego-Propertius a qual emerge da narrativa poética, e como metáfora da própria elegia de Propércio, assim minha questão é: como Helena pode ser associada a estas duas interpretações de Cíntia? Eu proponho duas possibilidades: Primeira, como uma amante, Cíntia pode ser comparada com Helena na beleza, na impudência, ou na infidelidade; segunda, como metáfora de poesia ou livro de elegias ”“ scripta puella ”“, Cíntia pode ser associada com a pintura de Helena feita por Zêuxis em Crotona, cujas principais características são a beleza e a perfeição de acordo com Cícero e Dionísio de Halicarnasso.
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