O estabelecimento do paradigma do membro articulado no De motu animalium de Aristóteles
DOI:
https://doi.org/10.14195/1984-249X_28_5Palavras-chave:
Aristóteles, De moto animalium, membro articulado, método analógico, geometrizaçãoResumo
No De motu animalium, Aristóteles recorre ao método analógico na pesquisa que faz acerca da causa comum do movimento, estabelecendo o paradigma do membro articulado, modelo que ele operacionaliza tendo em vista tornar inteligível o caráter dinâmico do movimento dos animais. Contudo, o membro articulado não se apresenta como modelo de uma maneira direta, na verdade, ele é convertido em modelo. Textualmente, o estabelecimento do paradigma, ou modelização, começa em 698a17 e vai até 698b4, incluindo três etapas: a primeira referência à s articulações; a geometrização do movimento do membro articulado, que compreende três subdivisões: a comparação da articulação com o centro, a geometrização radical que é a comparação com o diâmetro, e a relativização da comparação geométrica; e por último, a volta à natureza da articulação com o modelo anatômico do membro articulado, o ponto culminante do processo de modelização. No artigo presente, gostaríamos de fazer uma análise das etapas da construção deste paradigma, cujas estratégias metodológicas culminam no modelo anatômico do membro articulado, uma surpreendente imagem em ação para o objeto do De motu, que, paradoxalmente, dá a ver a imobilidade na mobilidade do membro.
Downloads
Referências
BÉNATOUÃL, T. (2004). L’usage des analogies dans le De motu animalium. In: LAKS, A.; RASHED, M. (eds.). Aristote et le mouvement des animaux. Dix études sur le De motu animalium. Villeneuve-d’Asq, Presse du Septentrion, p. 81-114.
CARBONE, A. (2011). Aristote illustré. Représentation du corps et schématisation dans la biologie aristotélicienne. Paris, Classiques Garnier.
FAZZO, S. (2004). Sur la composition du traité dit de motu animalium : contribution à l’analyse de la théorie aristotélicienne du premier moteur. In: LAKS, A.; RASHED, M. (eds.). Aristote et le mouvement des animaux. Dix études sur le De motu animalium. Villeneuve-d’Asq, Presse du Septentrion, p. 203-229.
LAKS, A.; RASHED, M. (eds.) (2004). Aristote et le mouvement des animaux. Dix études sur le De motu animalium. Villeneuve-d’Asq, Presse du Septentrion.
MOREL, P.-M. (2007). De la matière à l’action. Aristote et le problème du vivant. Paris, Vrin.
MOREL, P.-M. (2010). Âme, action, mouvement. Responsabilité psychique et causalité motrice chez Aristote. In: FRONTEROTTA, F. (ed.). La scienza e le cause a partire dalla Metafisica di Aristotele. Napoli, Bibliopolis, p. 383-412.
MOREL, P.-M. (2013). Aristote. Le mouvement des animaux et La locomotion de animaux. Traduction et présentation. Paris, GF Flammarion.
NUSSBAUM, M. C. (1985). Aristotle’s De Motu Animalium. Text with translation, commentary and interpretive essays. Princeton, University Press.
PELEGRIN, P. (2002). Aristote. Physique. Traduction, présentation, notes, bibliographie et index. Paris, GF Flammarion.
PERELMAN, C. (1970). Traité de l’argumentation ”“ La nouvelle rhétorique. Bruxelles, Éditions de l’Institute de Sociologie Université Libre de Bruxelles.
PREUS, A. (1981). Aristotle and Michael of Ephesus. On the Movement and Progression of Animals. Translation, introduction and notes. Hildesheim/New York, Georg Olms Verlag.
SILVA, M. F. S. (2010). Aristóteles. História dos animais. Lisboa, Imprensa Nacional ”“ Casa da Moeda.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Dado o acesso público desta revista, os textos são de uso gratuito, com obrigatoriedade de reconhecimento da autoria original e da publicação inicial nesta revista. O conteúdo das publicações é de total e exclusiva responsabilidade dos autores.
1. Os autores autorizam a publicação do artigo na revista.
2. Os autores garantem que a contribuição é original, responsabilizando-se inteiramente por seu conteúdo em caso de eventual impugnação por parte de terceiros.
3. Os autores garantem que a contribuição que não está em processo de avaliação em outras revistas.
4. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho licenciado sob a Creative Commons Attribution License-BY.
5. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line após a publicação na revista.
6. Os autores dos trabalhos aprovados autorizam a revista a, após a publicação, ceder seu conteúdo para reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares.
7. É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigo às normas da publicação.