O estabelecimento do paradigma do membro articulado no De motu animalium de Aristóteles

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14195/1984-249X_28_5

Palavras-chave:

Aristóteles, De moto animalium, membro articulado, método analógico, geometrização

Resumo

No De motu animalium, Aristóteles recorre ao método analógico na pesquisa que faz acerca da causa comum do movimento, estabelecendo o paradigma do membro articulado, modelo que ele operacionaliza tendo em vista tornar inteligível o caráter dinâmico do movimento dos animais. Contudo, o membro articulado não se apresenta como modelo de uma maneira direta, na verdade, ele é convertido em modelo. Textualmente, o estabelecimento do paradigma, ou modelização, começa em 698a17 e vai até 698b4, incluindo três etapas: a primeira referência às articulações; a geometrização do movimento do membro articulado, que compreende três subdivisões: a comparação da articulação com o centro, a geometrização radical que é a comparação com o diâmetro, e a relativização da comparação geométrica; e por último, a volta à natureza da articulação com o modelo anatômico do membro articulado, o ponto culminante do processo de modelização. No artigo presente, gostaríamos de fazer uma análise das etapas da construção deste paradigma, cujas estratégias metodológicas culminam no modelo anatômico do membro articulado, uma surpreendente imagem em ação para o objeto do De motu, que, paradoxalmente, dá a ver a imobilidade na mobilidade do membro.

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Publicado

2019-12-05

Como Citar

Oliveira, E. G. de. (2019). O estabelecimento do paradigma do membro articulado no De motu animalium de Aristóteles. Archai Journal, (28), e02805. https://doi.org/10.14195/1984-249X_28_5

Edição

Seção

Artigos