Por que a ayahuasca? Da internacionalização de uma prática ritual ameríndia

Autores

  • Anne-Marie Losonczy
  • Silvia Mesturini

Palavras-chave:

ayahuasca, xamanismo, contracultura, antropologia, patrimônio

Resumo

O argumento deste texto se baseia em observações convergentes que vêm mostrando como, para além dos usos locais e regionais, a bebida conhecida como ayahuasca funciona hoje, nas redes globalizadas de sua circulação, ao mesmo tempo como signo diacrítico e como núcleo de negociação e distribuição de sentido e legitimidade, reconfigurando simbolicamente as relações entre os atores na nova interface entre grupos indígenas locais e o mundo urbano, latino-americano ou internacional. Entender o sucesso contemporâneo da ayahuasca implica pois compreender a dinâmica entre continuidade e criações culturais e sociais emergentes que constitui a trama histórica e presente de contatos e adaptações mútuas entre diversos povos amazônicos de um lado e entre o mundo amazônico e seus visitantes, representantes de sucessivos poderes externos, de outro.

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Publicado

2018-02-22

Como Citar

Losonczy, Anne-Marie, e Silvia Mesturini. 2018. “Por Que a Ayahuasca? Da internacionalização De Uma prática Ritual ameríndia”. Anuário Antropológico 36 (1):9-30. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/7003.