A marcha ceremonial guarani-mbyá
Palavras-chave:
AntropologiaResumo
A partir da análise ritual da marcha cerimonial de um grupo guaranimbyá, este artigo pretende discutir o sentido da mobilidade para os mbyá e como esta se relaciona com o problema da superação da condição humana. Inicia-se por uma análise do rito da peregrinação em busca da terra sem mal realizada por um grupo mbyá e de como esse rito engloba uma série de outras cerimônias voltadas para o aperfeiçoamento da pessoa e sua transformação em imortal. Relaciona o rito com a cosmologia e apresenta a centralidade do movimento no xamanismo mbyá e na formação da pessoa.
Downloads
Referências
CADOGAN, León. 1949. La lengua Mbyá-Guarani. Boletín de Filología, v. 40-42.
______ . 1950. La encamación y la concepción: la muerte y ressurección en la poesía sagrada “esotérica” de los Jeguaká-vaTenondé Pora-Güé (Mbyá-Guarani) del Guairá, Paraguai. Revista do Museu Paulista, Vol. IV.
______ . 1997. Ayvu Rapyta: textos míticos de los mbyá-guarani dela Guairá. Asuncion: Biblioteca Paraguaya de Antropología, Vol. XVI.
CLASTRES, Hélène. 1978. Terra sem mal. São Paulo: Editora Brasiliense.
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1986. Vingança e temporalidade: os Tupinambá. Anuário Antropológico, n. 85.
ESPÍNDOLA, Julio César. 1961. A propósito del mesianismo en las tribus guaraní. América indígena, n. 4, Vol. XXI.
FAUSTO, Carlos. 1997 (2" diagramação). A dialética da predação e familiarização entre os Parakanã da Amazônia Oriental: por uma teoria da guerra ameríndia. (Tese de Doutorado) - UFRJ.
_______. 1999. Of enemies and pets: warfare and shamanism in Amazonia. American Ethnologist, n. 2, v. 26.
FERNANDES, Florestan. 1963. Organização social dos Tupinambá. São Paulo: Difusão Européia do Livro.
______ . 1970. A função social da guerra na sociedade Tupinambá. São Paulo: Livraria Pioneira Editora/EDUSP.
FUNAI. 1996. Resumo do relatório de reestudo da identificação e delimitação das terras indígenas Caieiras Velhas e Pau Brasil, constituindo a terra indígena Tupiniquim, adequado à Portaria n. 14/MJ/96.
GALLOIS, Dominique T. 1988. O movimento na cosmología Waiãpi: criação, expansão e transformação do universo. (Tese de Doutorado) - USP.
GUIMARÃES, Sílvia M. F. 2001. Os Guarani-Mbyá e a superação da condição huinana. (Dissertação de Mestrado) - UnB.
LADEIRA, Maria Inés M. 1992. O caminhar sob a luz: o território Mbyá a beira do oceano. (Dissertação de Mestrado) - PUC-SP.
LIMA, Tânia Stolze. 1995. A vida social entre os Yudjá. (Dissertação de Mestrado) - UFRJ.
LITAIFF, Aldo. 1999. Les fils du soleil: mythes et pratiques des indiens mbyá.guarani du littoral du Brésil. (Thèse de Ph.D) - Université de Montréal.
MARTINEZ, Noemi D. 1985. La migration mbyá (guarani). Dédalo, 24.
MAUSS, Marcel. 1975 [1902-1903]. Esboço de uma teoria geral da magia. Sociologia e Antropologia. São Paulo: EPU/EDUSP.
MELIÀ, Bartomeu. 1990. A terra sem mal dos guarani. Economia e profecia. Revista de Antropologia, v. 33.
METRAUX, Allred. 1927. Migrations historiques des tupi-guaraní. Journal de la société des americanistes de París, v. 19.
______ . 1950. A religião dos Tupinambás e suas relações com a das demais tribos Tupi- Guaranis. São Paulo: Cia. Editora Nacional (Brasiliana, 267).
MONTEIRO, John M. 1998. Os guarani e a história do Brasil meridional: séculos XVI-XVI1. In: CARNEIRO DA CUNHA, Manuela da. História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras.
MORIN, E. 1988. O homem e a morte. Portugal: Publicações Europa-América.
NIMUENDAJU, C. 1987. As lendas da criação e destruição do mundo como fundamentos da religião dos Apapocúva-Guarani. São Paulo: Hucitec/EDUSP.
OVERING, J. 1981. Review article: amazonian anthropology. Journal o f Latin American Studies, n. 13 (1).
RAMOS, A. R. 1998. Indigenism: ethnic politics in Brazil. Madison: The University of Wisconsin Press.
RIVIERE, Peter. 1984. Individual and society in Guiana: a comparative study of Amerindian social organization. Cambridge: Cambridge University Press.
RODRIGUES, Aryon D. 1986. Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Ed. Loyola.
SCHADEN, E. 1962. Aspectos fundamentais da cultura Guarani. São Paulo: EDU/EDUSP.
TAMBIAH, Stanley J. 1985a. A performative approach to ritual. In: TAMBIAH, S. J. Culture, thought and social action. Havard University Press.
______ . 1985b. The magical power o f words. In: TAMBIAH, S. J. Culture, thought and social action. Havard University Press.
______ . 1985c. Form and meaning of magical acts. In: TAMBIAH, S. J. Culture, thought and social action. Havard University Press.
TANGERINO, Celeste C. (Org). 1996. Revelações sobre a terra: a memoria viva dos Guarani. Vitoria: UFES.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1996. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo amerindio. Mana, n. 2(2).
______ . 1998. Tão humanos quanto animais. Folha de S. Paulo, p. 10, 16 ago. São Paulo.
______ . 2002. O conceito de sociedade em antropologia. In: VIVEIROS DE CASTRO, E. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac & Naify.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2003 Anuário Antropológico
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en
Creative Commons - Atribución- 4.0 Internacional - CC BY 4.0
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/legalcode.en