Não ser empregado, não ter empregado

o trabalho com a família, para a família e suas variações

Autores

  • Wecisley Ribeiro do Espírito Santo

Palavras-chave:

família, trabalho, sulanca, sulanqueiros, vestuário

Resumo

O artigo apresenta um fragmento do mundo da sulanca (no contexto do agreste de Pernambuco, Brasil), que se encontra organizado, sobretudo, em torno de pequenas unidades produtivas familiares e vicinais de vestuário de baixo custo ”” os chamados fabricos. As noções centrais do relato referem-se ao trabalho com a família e para a família, acrescidas de algumas variações. Na primeira parte, são consideradas as ambiguidades da noção de trabalho com a família. Em seguida, apresenta-se o significado do trabalho para a família, desde um ponto de vista nativo. Por fim, fechase o relato destacando dois contrastes que esses princípios apresentam comparativamente às características gerais em tese associadas ao capitalismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVIM, Maria Rosilene Barbosa. 1983. “Artesanato, tradição e mudança social: um estudo a partir da ‘arte do ouro’ de Juazeiro do Norte”. In: Berta G. Ribeiro (org.). O artesão tradicional e seu papel na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Funarte/ Instituto Nacional do Folclore. pp. 49-103.
BOURDIEU, Pierre. 2011. Contre-feux: propos pour servir à la résistance contre l’invasion neo-liberale. Paris: Raisons d’Agir.
______. 2002. A produção da crença: contribuição para uma economia dos bens simbólicos. São Paulo: Zouk.
______. 2001. As estruturas sociais da economia. Lisboa: Instituto Piaget.
BRANDÃO LOPES, Juarez Rubens. 1964. Sociedade industrial no Brasil. São Paulo: Difusão Europeia do Livro.
BRENNER, Suzanne April. 1998. The Domestication of Desire: Women, Wealth, and Modernity in Java. New Jersey: Princeton University Press.
COMERFORD, John Cunha. 2003. Como uma família: sociabilidade, territórios de parentesco e sindicalismo rural. Rio de Janeiro: Relume Dumará.
GOLDMAN, Marcio. 2006. Como funciona a democracia: uma teoria etnográfica da política. Rio de Janeiro: 7Letras.
GORDON, Cesar. 2006. Economia selvagem: ritual e mercadoria entre os índios XikrinMebêngôkre. São Paulo: Editora Unesp; Rio de Janeiro: Nuti.
LEITE LOPES, José Sérgio. 1988. A tecelagem dos conflitos de classe na “cidade das chaminés”. São Paulo: Marco Zero; Brasília: Editora da UnB.
______. 1976. O vapor do diabo: o trabalho dos operários do açúcar. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
LIRA, Sônia Maria de. 2008. “Entre os fixos e os fluxos da sulanca”. Revista de Geografia, 25(2):89-97.
MARQUES, Ana Claudia. 2002. Intrigas e questões: vinganças de família e tramas sociais no sertão de Pernambuco. Rio de Janeiro: Relume Dumará: UFRJ, Núcleo de Antropologia da Política.
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. 2001. A gaia ciência. São Paulo: Cia das Letras.
RABOSSI, Fernando. 2008. “En la ruta de las confecciones”. Critica en Desarrollo: Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, (2): 151- 171.
SAHLINS, Marshall. 1997. “O ‘pessimismo sentimental’ e a experiência etnográfica: porque a cultura não é um ‘objeto’ em via de extinção”. Mana: Estudos de Antropologia Social, 3(2):41-73.
SIGAUD, Lygia. 1994. “Direito e gestão de injustiças”. Antropologia Social: Comunicações do PPGAS, (4):139-170.

Downloads

Publicado

2018-02-16

Como Citar

Espírito Santo, Wecisley Ribeiro do. 2018. “Não Ser Empregado, não Ter Empregado: O Trabalho Com a família, Para a família E Suas variações”. Anuário Antropológico 40 (1):257-78. https://periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6807.