Restos de passados, fragmentos de histórias: memória, temporalidade e cidade nas fotografias de Ricardo Rangel (1950-1975)
DOI:
https://doi.org/10.4000/aa.11104Palavras-chave:
fotografia, memoria, imaginação historica, ricardo rangel, colonialismoResumo
Este ensaio articula três eixos: fotografia, antropologia e história. Tomo como material de análise um conjunto de imagens do fotógrafo moçambicano Ricardo Rangel do período tardo-colonial no país (1950-1975). O objetivo é abordar essas fotografias enquanto uma série que articula memórias e questiona narrativas oficializadas dos períodos colonial e pós-independência. Argumento que a fotografia revela um emaranhado de temporalidades, restos de passados e fragmentos de histórias plurais que se coadunam no presente, tensionando-o. Com essa reflexão, problematizo o olhar fotográfico de Ricardo Rangel a respeito da cidade de Lourenço Marques/Maputo, refletindo sobre sua prática fotográfica, mas também sobre suas condições e contextos de atuação. A partir das imagens, o texto reflete a produção da cidade, abordando narrativas e memórias do tempo colonial e sua atualização no presente.
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