Uma história de dois dinheiros
Salários e gorjetas em dois casinos portugueses
DOI:
https://doi.org/10.4000/aa.6681Palavras-chave:
Casinos, Trabalho, Dinheiro, Salários, GorjetasResumo
Ao contrário do que sucede na maioria dos contextos laborais, a componente remuneratória mais relevante para os trabalhadores dos dois casinos analisados neste artigo são as gratificações1 e não o salário. As gratificações e o salário são duas materializações do mesmo princípio económico: o dinheiro. Ao mesmo tempo, refletem quantidades semelhantes nos rendimentos globais dos pagadores de banca2 de casino. No entanto, assumem qualidades divergentes. Gratificações e salários são representados de formas distintas e, muitas vezes, antagonistas. A “economia moral” que regula os comportamentos e atitudes dos profissionais de banca em relação à s gratificações é manifestamente distinta da que está associada aos salários. A centralidade desta componente remuneratória na experiência laboral destes trabalhadores favorece a constituição de “habitus profissionais” discrepantes em relação a outras frações da classe trabalhadora. Este artigo, inserido na subdisciplina da antropologia económica e baseado numa investigação etnográfica, procura analisar os “mapas cognitivos” e os “universos simbólicos” associados à s gratificações e aos salários, bem como as suas implicações na experiência profissional destes trabalhadores.
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