ONDE MESMO O BRASIL? FORMAÇÃO ADVERSATIVA EM VIVA O POVO BRASILEIRO, DE JOÃO UBALDO RIBEIRO

Autores

  • Luiz Gustavo Medeiros de Lima UnB
  • Rafael Gazzola de Lima UnB

DOI:

https://doi.org/10.26512/aguaviva.v2i2.10340

Palavras-chave:

Romance histórico; formação do Brasil; João Ubaldo Ribeiro.

Resumo

A literatura é capaz de auxiliar-nos na compreensão do presente, em suas conexões com o passado. Em termos gerais, para Lukács, é esta qualidade que define o romance histórico. Neste trabalho, examinaremos Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, verificando a possibilidade de situá-lo como um romance histórico, por retratar vivamente aspectos importantes e problemáticos da formação do Brasil, tendo como principal foco as relações conflituosas de classe e de raça.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Luiz Gustavo Medeiros de Lima, UnB

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (PósLIT/UnB), no qual desenvolve pesquisa intitulada A reificação do sujeito e o arrivismo social em O vermelho e o negro.

Rafael Gazzola de Lima, UnB

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (PósLIT/UnB), no qual desenvolve pesquisa intitulada Vozes abafadas: corpo, canção e catarse em Ponto de partida, de Sérgio Ricardo e Gianfrancesco Guarnieri.

Referências

ARANTES, Paulo. Nação e reflexão. In: ABDALA Jr., Benjamin; CARA, Salete Almeida (Orgs.). Moderno de nascença: figurações críticas do Brasil. São Paulo: Boitempo, 2008, p. 27-45.
BASTOS, Elide Rugai. Gilberto Freire. Casa-grande & senzala. In: MOTA, Lourenço Dantas (Org.). Introdução ao Brasil: um banquete no trópico. v. 1, 3 ed. São Paulo: Editora Senac, 2001.
CANDIDO, Antonio. As três bandeiras. Folha de S. Paulo. São Paulo, ano 77, n. 24.805, 2 mar. 1997, Mais!, p. 11.
____. Um instrumento de descoberta e interpretação. In: ____. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. Belo Horizonte: Itatiaia, 2000, v. 2, p. 97-105.
CUNHA, Eneida Leal. Viva o povo brasileiro: história e imaginário. P: Portuguese Cultural Studies, Utrecht: Center for Portuguese Studies: Universiteit Utrecht, v. 1, n. 1, Spring 2007.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. In: SANTIAGO, Silviano (Org.). Intérpretes do Brasil. v. 2. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 121-605.
HELENA, Lúcia. A narrativa de fundação: Iracema, Macunaíma e Viva o povo brasileiro. Letras, Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, n. 6, p. 80-94, jul./dez. 1993.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. In: SANTIAGO, Silviano (Org.). Intérpretes do Brasil. v. 3. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 929-1102.
LUKÁCS, Gyorgy. Arte e sociedade. Org., Introdução e Tradução de Carlos Nelson Coutinho e José Paulo Netto. Rio de Janeiro: UFRJ, 2009.
____. O romance histórico. Tradução de Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2011.
RIBEIRO, João Ubaldo. Viva o povo brasileiro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
RICUPERO, Bernardo. A nação como problema. In: ____. O Romantismo e a idéia de nação no Brasil (1830-1870). São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 3-44.
____. Da formação à forma: ainda as “idéias fora do lugar”. Lua Nova: revista de cultura e política, São Paulo: Centro de Estudos de Cultura Contemporânea, n. 73, p. 59-69, 2008.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Gilberto Freyre: adaptação, mestiçagem, trópicos e privacidade em Novo Mundo nos trópicos. Mal-estar na cultura UFRGS. abr/nov. 2010. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/difusaocultural/adminmalestar/documentos/arquivo/Schwarcz%20-%20adaptacao%20mesticagem%20tropicos.pdf>. Acesso em: 05 dez. 2017.
SCHWARZ, Roberto. Os sete fôlegos de um livro. In: ____. Seqüências brasileiras: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 46-58.
____. As idéias fora do lugar. In: ____. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000, p. 9-31.
____. Por que “ideias fora do lugar”?. In: ____. Martinha versus Lucrécia: ensaios e entrevistas. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 165-172.
SILVA, Arlenice Almeida da. O épico moderno: o romance histórico de Gyorgy Lukács. São Paulo: USP, 1999. Tese de Doutorado.
____. Da teoria do romance ao romance histórico: a questão dos gêneros em G. Lukács. Rapsódia, São Paulo: USP, n. 1, p. 29-63, 2000.
SILVA, Carlos Eduardo Vieira da. Viva o povo brasileiro: modernidade tardia, formação nacional e o sistema literário em discussão. 2011. 101 f. Dissertação (Mestrado em Literatura). Instituto de Letras, Universidade de Brasília, Brasília. 2011.
TERTULIAN, Nicolas. O romance histórico. In: ____. Georg Lukács: etapas de seu pensamento estético. Tradução de Renira Lisboa de Moura Lima. São Paulo: Unesp, 2008, p. 167-187.
VEDDA, Miguel. Notas sobre la novela histórica de György Lukács. In: DUAYER, Mario; VEDDA, Miguel (Orgs.). György Lukács: años de peregrinaje filosófico. Buenos Aires: Herramienta, 2013, p. 211-222.
ZILBERMAN, Regina. Romance histórico: teoria e prática. In: BORDINI, Maria da Glória (Org.). Lukács e a literatura. Porto Alegre: PUC/RS, 2003, p. 109-139.

Publicado

2017-07-18

Como Citar

LIMA, Luiz Gustavo Medeiros de; LIMA, Rafael Gazzola de. ONDE MESMO O BRASIL? FORMAÇÃO ADVERSATIVA EM VIVA O POVO BRASILEIRO, DE JOÃO UBALDO RIBEIRO. Revista Água Viva, [S. l.], v. 2, n. 2, 2017. DOI: 10.26512/aguaviva.v2i2.10340. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/aguaviva/article/view/10340. Acesso em: 21 dez. 2024.