ENTRE O ROMANCE E O DIÁRIO: O ESFACELAR DO SUJEITO EM MEIO AO SALAZARISMO
DOI:
https://doi.org/10.26512/aguaviva.v6i3.41706Palavras-chave:
Arte, Identidade, Literatura portuguesa, Escrita pessoalResumo
A tradição da narrativa do eu está presente nos registros desde a antiguidade clássica. Quando apropriada pelo gênero romanesco, que surge em meados do século XVIII, essa escrita, por conta do seu caráter ficcional, nos propicia alcançar diferentes particularidades que a produção puramente autobiográfica não atinge. Com isso, o referido artigo visa compreender como o conceito de memória e identificação, comportados por essa escrita se manifestam na obra Bolor, publicada em Portugal, durante o regime salazarista. Assim, intentamos evidenciar como os conceitos suscitados se estabelecem dentro das interposições de diferentes gêneros literários que o romance se utiliza para, não apenas experimentar novos padrões estéticos literários, mas, também, sugerir, de maneira inexplícita, uma atmosfera de censura e apatia que cerceavam a sociedade portuguesa da época.
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Referências
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