A PATERNIDADE ENCARCERADA A PARTIR DO RELATO FILIAL: UMA LEITURA DE PAI FRANCISCO, DE MARINA MIYAZAKI ARAÚJO

Autores

  • Gustavo Haiden de Lacerda Universidade Estadual de Maringá (UEM)

DOI:

https://doi.org/10.26512/aguaviva.v4i3.26162

Palavras-chave:

Literatura Infantil, Pai Francisco, Prisão, Relações familiares

Resumo

Com este artigo, propomos uma leitura da obra Pai Francisco, de autoria de Marina Miyazaki Araújo (2015), dando enfoque à relação estabelecida entre pai e filho em uma condição muito específica: o estado de reclusão narrado pela visão da criança. Guiados pela compreensão que Foucault (1999) desenvolve acerca do funcionamento da prisão em nossa sociedade e respaldados na análise de obras de literatura infantil visionada por Lajolo (2008), procuramos analisar e compreender de que modo se estrutura a relação familiar e afetiva entre um filho e um pai que se encontra encarcerado. Entendemos que a Literatura pode assumir nesse contexto um papel fundamental como forma de visibilizar relações familiares não-tradicionais, dando voz e vez a maneiras heterogêneas de ser pai e de ser filho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gustavo Haiden de Lacerda, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Cursando graduação na área de Letras e desenvolvendo pesquisa na área em Linguística, com aporte teórico da Análise do Discurso de linha francesa, analisando principalmente materialidades digitais.

Referências

AGUIAR, V. T. A literatura infantil e juvenil faz história. In: MARTHA, A. A. P (org.). Tópicos de literatura infantil e juvenil. Maringá: EDUEM, p. 51-70, 2011.

ARAÚJO, M. M. Pai Francisco. Ilustração de Marcus Vinícius Vasconcelos. São Paulo: Polém, 2015.

BRASIL. Lei de execução Penal. Lei no. 7.210, de 11 de julho de 1984. República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 1984. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em 21 jun. 2019.

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 1990. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-12962-8-abril-2014-778440-publicacaooriginal-143816-pl.html. Acesso em 21 jun. 2019.

CAMARGO, L. Ilustração do livro infantil. Belo Horizonte: Lê, 1995.

COSTA, M. M. A narrativa infantil brasileira. In: MARTHA, A. A. P (org.). Tópicos de literatura infantil e juvenil. Maringá: EDUEM, p. 101-122, 2011.

DEPEN. Departamento Penitenciário Nacional. 2016. Disponível em: depen.gov.br/DEPEN/noticias-1/noticias/infopen-levantamento-nacional-de-informacoes-penitenciarias-2016/relatorio_2016_22111.pdf. Acesso em 19 jun. 2019.

FOUCAULT, M. A verdade e as formas jurídicas. Trad. de Eduardo Jardim e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Editora Nau, 2005.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 20 ed. Trad. de Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1999.

GRANJA, R.; CUNHA, M. P.; MACHADO, H. Formas alternativas do exercício da parentalidade: paternidade e maternidade em contexto prisional. Ex aequo, 28, p. 73-96, 2013.

LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura de mundo. 6 ed. São Paulo: Ática, 2008.

MARTHA, A. A. P. Literatura infantil e juvenil: concepções introdutórias. In: _____ (org.). Tópicos de literatura infantil e juvenil. Maringá: EDUEM, p. 15-24, 2011.

MIRANDA, M. L. A.; GRANATO, T. M. M. Pais encarcerados: narrativas de presos sobre a experiência da paternidade na prisão. Psico (Porto Alegre), v. 47, n.4, p. 309-318, 2016.

Downloads

Publicado

2019-12-31

Como Citar

DE LACERDA, Gustavo Haiden. A PATERNIDADE ENCARCERADA A PARTIR DO RELATO FILIAL: UMA LEITURA DE PAI FRANCISCO, DE MARINA MIYAZAKI ARAÚJO. Revista Água Viva, [S. l.], v. 4, n. 3, 2019. DOI: 10.26512/aguaviva.v4i3.26162. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/aguaviva/article/view/26162. Acesso em: 21 nov. 2024.