SUBALTERNIDADE E PRECARIEDADE EM A MENOR MULHER DO MUNDO, DE CLARICE LISPECTOR

Autores

  • Nayana Moreira Moraes UFV

DOI:

https://doi.org/10.26512/aguaviva.v5i2.26106

Palavras-chave:

Gênero. Memória feminina. Violência epistêmica. Pigmeia.

Resumo

Este artigo visa a analisar as representações femininas no conto clariceano A menor mulher do mundo, partindo de aspectos pós-feministas apresentados por Gayatri Spivak e Judith Butler. A memória social atribuída às mulheres e suas imbricações evidenciam o contexto patriarcal. Sob esse viés denota-se a discussão sobre mulheres excluídas de significação, como poderá ser examinado na figura da mulher pigmeia. No texto, o explorador Marcel Pretre observa a linguagem e os modos de comportamento daquela que nomeou de Pequena Flor. Trata-se de uma análise interpretativa que culmina em uma reflexão sobre essas mulheres e seus corpos.

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Biografia do Autor

Nayana Moreira Moraes, UFV

Mestranda em Estudos Literários e bolsista Capes pelo Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Especialização em Mídias na Educação pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2018) e graduação em Letras- Português e Literatura pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (2009). Experiência como Tutora EAD em cursos técnicos do Pronatec oferecidos pelo Instituto Federal Fluminense (2014) e Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (2018). Áreas de interesse: Teoria literária, literatura comparada (com ênfase em cinema), imagem, corpo, diálogos entre filosofia e literatura.

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Publicado

2020-04-14

Como Citar

MOREIRA MORAES, Nayana. SUBALTERNIDADE E PRECARIEDADE EM A MENOR MULHER DO MUNDO, DE CLARICE LISPECTOR. Revista Água Viva, [S. l.], v. 5, n. 2, 2020. DOI: 10.26512/aguaviva.v5i2.26106. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/aguaviva/article/view/26106. Acesso em: 25 abr. 2024.