Água viva: uma escritura como exercício de pintura em Clarice Lispector
DOI:
https://doi.org/10.26512/aguaviva.v1i1.10774Palavras-chave:
Clarice Lispector; pintura; cultura.Resumo
Em nosso trabalho, procuramos analisar comparativamente as produções pictóricas e literárias da escritora Clarice Lispector, tendo em pano de fundo toda a realidade conturbada brasileira da década de 1970, principalmente no atinente à s questões culturais. Nosso estudo centrou-se, principalmente, na produção intelectual da escritora concernente à década de 70, a exemplo dos livros Água viva (1973), A via crucis do corpo (1974), Onde estiveste de noite (1974) e A hora da estrela (1977), e dos 18 quadros pintados pela escritora entre os anos de 1975 a 1976. Tal estudo teve como embasamento teórico o que postulam os Estudos Culturais e os Estudos Comparados latino-americanos contemporâneo. A partir do que propõem tais teorias, foi possível concluir que a escritora valera-se das relações de amizades com outros escritores e artistas plásticos renomados, da sua posição social como esposa de diplomata, e ainda de sua carreira como jornalista, para complementar sua produção intelectual da época tornando-a multifacetada. Concluiu-se também que a obra Água viva, além de poder ser lida como uma teoria da própria pintura clariciana, também pode ser lida, mesmo que metaforicamente, como um diário pessoal da escritora, graças ao que postulam os Estudos Culturais no que se refere à s novas possibilidades de se escrever uma biografia.Downloads
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