Tratamento melódico na cantoria de viola

análise de toadas de decassílabos

Autores

Resumo

Este trabalho apresenta reflexões sobre o domínio melódico da cantoria de viola, a partir do material recolhido no Acervo Identidades Sonoras – Repentistas do DF. Foram analisadas toadas de versos decassílabos buscando compreender aspectos da construção poética e da técnica musical da cantoria. São apresentados aqui dois tipos de suportes: a transcrição em partitura e a gravação em áudio de exemplos de toadas. Além de apresentar alguns conceitos básicos da cantoria, aqui são formuladas reflexões sobre o paralelismo entre melodia e poesia, a ancestralidade deste universo melódico e o sistema musical que rege este universo, a escolha da toada na resolução de motes, a função retórica das variações melódicas como recurso de linguagem, o discurso dos cantadores sobre este âmbito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Cascudo, Luís da Câmara. 1939. Vaqueiros e Cantadores. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

Eken, Susanna. 2014. The Human Voice: Psyche, Soma, Function, Communication. Copenhagen: The Royal Danish Academy of Music.

Henrique, Luís L. 2011. Acústica Musical. Portugal: Calouste Gulbenkian.

Lopes, Gustavo Magalhães. 2011. De pés-de-parede a festivais: um estudo de caso sobre o repente nordestino na Grande São Paulo. Dissertação de Mestrado em Teoria e História Literária, Universidade Estadual de Campinas. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/270045

Oliveira, Luciano Py de. 1999. A música na cantoria em Campina Grande (PB): estilo musical dos principais gêneros poéticos. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Bahia.

Oliveira Pinto. Tiago de. 2001. “Som e Música: Questões de uma Antropologia Sonora.” Revista de Antropologia 44, no.1. https://doi.org/10.1590/S0034-77012001000100007

Travassos, Elisabeth. 2000. “Ethics in the sung duels of north-eastern Brasil: collective memory and contemporary practice.” British Journal of Ethnomusicology 9, no. 1: 61-94. https://doi.org/10.1080/09681220008567292

Ramalho, Elba Braga. 2000. Cantoria nordestina: música e palavra. São Paulo: Terceira Margem.

Sautchuk, João Miguel M. 2009. A poética do improviso: prática e habilidade no repente nordestino. Tese de Doutorado em antropologia, Universidade de Brasília. https://repositorio.unb.br/handle/10482/5091

Silva, Andréa Betânia da. 2014. “Entre pés-de-parede e festivais: rota(s) das poéticas orais na cantoria de improviso.” Tese de Doutorado em Cultura e Sociedade, Universidade Federal da Bahia. https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16254

Travassos, Elisabeth. 1989. “Melodias para a improvisação poética no Nordeste. As toadas de sextilhas segundo a apreciação dos cantadores.” Revista Brasileira de Musica 18: 115-129.

Gordon, Edwin. 2000. Teoria da aprendizagem musical: competências, conteúdos e padrões. Tradução de Maria de Fátima Albuquerque. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Downloads

Publicado

2021-04-05 — Atualizado em 2019-12-25

Versões

Como Citar

Freire, Kamai, e Flávio Santos Pereira. (2021) 2019. “Tratamento melódico Na Cantoria De Viola: Análise De Toadas De decassílabos”. Música Em Contexto 13 (2):131-56. https://periodicos.unb.br/index.php/Musica/article/view/36948.

Edição

Seção

Artigos