Representações sociais do “jeitinho brasileiro” por trabalhadores de repartições públicas de Brasília
DOI:
https://doi.org/10.26512/cmd.v2i2.7515Palavras-chave:
jeitinho brasileiro; identidade social; burocracia; relação público/privado; Teoria das Representações SociaisResumo
Objetivou-se, neste trabalho, analisar algumas representações sociais do “jeitinho brasileiro” por quinze trabalhadores/as de repartições públicas de Brasília e, mais especificamente: 1) apreender como percebem e interpretam esse modo característico de lidar com as situações bem como as eventuais ocasiões em que esse “modo de navegar” foi utilizado; 2) em diálogo mais aproximado com a Psicologia Social, verificar a ocorrência do fenômeno da dissonância cognitiva e da autojustificação nas respostas dos/as interlocutores/as. À luz dos conhecimentos sócio-antropológicos, do aporte teórico-metodológico propiciado pela Teoria das Representações Sociais e do material empírico estudado, conclui-se que o “jeitinho brasileiro”, enquanto representação social, se constrói não apenas sobre a capacidade representacional desses sujeitos, como também a partir de engendramentos de representações embebidos de práticas sociais, ou seja, de cultura; não devendo, pois, ser entendido fora de uma dimensão de alteridade.
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