O POLO AGROECOLÓGICO E DE PRODUÇÃO ORGÂNICA DO SUL E SUDOESTE DE MINAS GERAIS COMO ESPAÇO POLÍTICO PARA A TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA

Resumo

Os cenários de construção da agroecologia perpassam pelo protagonismo centrado nas representações populares, em que o sentido “de baixo para cima” produz espaços políticos. O trabalho tem como objetivo destacar as ações que o Polo agroecológico e de Produção Orgânica do Sul e Sudoeste de Minas (PASSOMG), como Lei Estadual nº 23939/21, realiza entre e nos territórios que buscam subverter a hegemonia do agronegócio na região, tendo em vista outras articulações políticas da agroecologia no território mineiro. No entanto, o recorte sul mineiro apresenta características específicas a partir da monocultura do café, como a commoditização dos territórios e a exploração dos sujeitos que são submetidos ao trabalho escravo contemporâneo. A metodologia consiste na aplicação de formulários e observação participante. Como resultado da pesquisa, é possível apontar que o PASSOMG tem sido construído por diferentes instituições, associações e movimentos socioterritoriais para a construção conjunta da agroecologia a partir das diversas demandas apresentadas. Desse modo, a agroecologia surge como anúncio e também como denúncia das realidades que atravessam os territórios e sujeitos que são explorados, constituindo espaços políticos.