COMUNIDADES TRADICIONAIS E DISPUTAS TERRITORIAIS NO ES UM ESTUDO A PARTIR DO BANCO DE DADOS DATALUTA
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Resumo
Em nosso último artigo, apresentamos uma análise preliminar a respeito dos principais aspectos das disputas territoriais que demarcaram os conflitos no campo capixaba no período de 2001 a 2011, destacando as ações dos movimentos socioterritoriais em prol de novos caminhos. No período analisado, tiveram destaque as ações de povos e comunidades tradicionais – indígenas (Tupiniquim e Guarani) e quilombolas - em luta pela reapropriação de seus territórios, violentamente expropriados pela cadeia de
produção de celulose da empresa Aracruz - posteriormente denominada Fibria. No momento atual, novas ameaças do capital se desenham em relação aos povos e comunidades tradicionais no estado, com destaque ao projeto desenvolvimentista de ampliação da logística portuária, que deve provocar a expropriação territorial de diversas comunidades pescadoras artesanais em todo o litoral do Espírito Santo.
Em virtude dos processos expropriatórios que o modelo desenvolvimentista capitalista vem implantando historicamente sobre os territórios de comunidades e povos tradicionais no estado do Espírito Santo, bem como do contraponto que esses povos e comunidades representam em suas formas de resistência ao capital, trazemos a proposta de aprofundar nossa análise em relação a esses grupos sociais, ampliando o horizonte das fontes trabalhadas pelo DATALUTA-ES, no intuito de focar suas lutas pelos territórios e também as possíveis projeções de conflitos.
*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.
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Referências
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