A TRANSFORMAÇÃO DOS MEIOS DE EXISTÊNCIA EM CAPITAL – EXPROPRIAÇÕES, MERCADO E PROPRIEDADE
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Resumo
Este artigo começou com um desafio, o de retornar ao tema das expropriações para alguns aprofundamentos, pois vários aspectos não foram abordados de maneira sistemática no trabalho precedente (Fontes, 2010). Espero contribuir com alguns acréscimos para a reflexão – inclusive no que concerne à relação entre expropriação e desemprego, relação que não é mecânica nem imediata. Recupero aqui mais detalhadamente o processo simultâneo e correlato da expropriação, que é a transformação de meios de vida em capital, tema que constitui o cerne do atual trabalho. Para tanto, me vi obrigada a enfrentar o tema da especificidade da propriedade do capital, desvencilhada de sua aparência de mero domínio sobre coisas, e enfatizar seu caráter de relação social. Marx assinalou diversas vezes essa característica da propriedade do capital, mas talvez seja na atualidade que ela se torna mais visível, exacerbando as contradições sobre as quais repousa.
*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.
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