DA INVASÃO EUROPEIA AOS PERIGOS DA TESE DO MARCO TEMPORAL: POR UMA CONTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA SOBRE A DISPUTA E O CONFLITO TERRITORIAL

Conteúdo do artigo principal

Beatriz Mercês de Souza dos SANTOS
Wilians Ventura Ferreira SOUZA

Resumo

Abordaremos, nesse artigo, uma reflexão sobre a invasão europeia no Brasil, que acarretou a dizimação de milhares de indígenas, além do estabelecimento das Reduções Jesuíticas, que impôs um novo modo de organização social e interferência na cultura material, além das diferentes concepções de território entre os indígenas e os europeus, que provoca, atualmente, a tese do Marco Temporal. Para construir a temática desde um passado que explica o presente e as diferentes incertezas do futuro, sobretudo, para a população indígena no Brasil, buscamos evidenciar desde a dinâmica da invasão europeia do passado à organização de movimentos socioterritoriais indígenas que produziram, ao longo de séculos, uma compreensão relacional e potente em torno dos conceitos de desenvolvimento, espaço e território.


* Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
SANTOS, B. M. de S. dos, & SOUZA, W. V. F. (2023). DA INVASÃO EUROPEIA AOS PERIGOS DA TESE DO MARCO TEMPORAL:: POR UMA CONTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA SOBRE A DISPUTA E O CONFLITO TERRITORIAL. BOLETIM DATALUTA, 16(183). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/BD/article/view/52751
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Beatriz Mercês de Souza dos SANTOS, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG) - Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/UNESP). Pesquisadora do Laboratório de Arqueologia Guarani e Estudos da Paisagem (LAG) e bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Wilians Ventura Ferreira SOUZA, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG) - Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/UNESP). Pesquisador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA) e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Referências

BOGONI, Saul. O discurso de resistência e revide em Conquista Espiritual (1639), de Antonio Ruiz de Montoya: ação e reação jesuítica e indígena na Colonização Ibérica da Região do Guairá. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Maringá, 2008.

BORELLI, Silvia Helena Simões. “Os Kaingang no estado de São Paulo: constantes históricas e violência deliberada” In: VÁRIOS AUTORES. Índios em São Paulo: resistência e transfiguração. São Paulo, Ed. Yankatu e Comissão Pró-Índio de São Paulo, 1984.

BRY, Theodore de. Mulheres canibais. Tok de História, 2023. Disponível em: https://tokdehistoria.com.br/tag/canibalismo/. Acesso em 02 de setembro de 2023.

COLAÇO, Thais Luzia. O direito guarani pré-colonial e as missões jesuíticas. Tese apresentada ao curso de pós-graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina, 1998.

FACCIO, Neide Barrocá. A complexidade dos sistemas de assentamentos ameríndios no Planalto Ocidental Paulista vistos a partir da arqueologia: a contribuição do LAG/MAR. Confins [Online], 41, 2019.

FACCIO, Neide Barrocá. Estudo do Sítio Arqueológico Alvim no Contexto do Projeto Paranapanema. Dissertação de Mestrado. São Paulo: FFLCH/ USP, 1992.

FERNANDES, B. M. Movimentos Socioterritoriais e Movimentos socioespaciais: Contribuição teórica para uma leitura geográfica dos movimentos sociais. Ed. Especial. São Paulo: Revista NERA, 2012. p. 07-17.

FERNANDES, Bernardo Mançano. Sobre a Tipologia de Territórios. In: Saquet, M. A; Sposito, E. S. (Org.). Territórios e territorialidades: teorias, processos e conflitos. São Paulo: Expressão Popular, 2009.

FERNANDES, Bernardo Mançano; Martin, Jean Yves. Movimento socioterritorial e “globalização”: algumas reflexões a partir do caso do MST. Lutas Sociais, São Paulo, v. 12, 2004.

FOCAULT, Michel. Historie de la sexualité. Paris, Gallimart, 121p, 1976.

GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Geo-grafias: movimientos sociales, nuevas territorialidades y sustentabilidad. México: Siglo Veintiuno, 2001.

KERN, Arno Alvarez. Fronteiras Culturais: impactos e contatos na descoberta e colonização do Brasil. Estudos ibero-americanos, v. 26, p. 69-80, 2000.

LEFEBVRE, Henri. Le droit à la ville. Paris, Anthropos, 189p, 1972.

LEFEBVRE, Henri. The Production of Space. Cambridge: Blackwell Publishers, 1991.

LUGON, Clovis A república comunista cristã dos Guaranis : 1610-1768. 3. ed. -. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

LUGON, Clovis. A República Comunista Cristã dos Guaranis (1610-1768). Trad: Álvaro Cabral. Rio: Paz e Terra, 1977.

MACHADO, Neli T. G. A Redução Nossa Senhora do Caaçapamini (1627-1636): o impacto da missão sobre a população indígena. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 1999.

MOTA, J. G. B. Territórios, multiterritorialidades e memórias dos povos Guarani e Kaiowá: diferenças geográficas e as lutas pela Des-colonização na Reserva Indígena e nos acampamentostekoha – Dourados/MS / Juliana Grasiéli Bueno Mota. - Presidente Prudente: [s.n], 2015.

NARBY, Jeremy. A serpente cósmica: o DNA e a origem do saber. Rio de Janeiro: Dantes, 2018. NOELLI, Francisco Silva. A ocupação humana na região Sul do Brasil: arqueologia, debates e perspectivas - 1872/2000. In: Revista USP. São Paulo: USP n°44 1999/2000.

NOELLI, Francisco Silva. Sem Tekohá Não Há Tekó. Em Busca De Um Modelo Etnoarqueológico da Aldeia de Subsistência Guarani e Sua Aplicação a uma Área de Domínio no Delta do Rio Jacuí, RS, Porto Alegre: PUCRS, 1993.

OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Agricultura camponesa no Brasil. São Paulo: Contexto, 1991.

POMPA, Maria Cristina. Religião como tradução: missionarios, Tupi e Tapuia no Brasil colonial. EDUSC, São Paulo, edição 2002.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismoe América Latina. In: Lander, E. (org.). A colonialidade do saber: etnocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: Clacso, 2005.

RAFFESTIN, Claude. Por Uma Geografia do Poder. São Paulo: Editora Ática, 1993.

ROCHA, Bruna. Marco temporal: a arqueologia também diz não. Amazônia Real, 2023. Disponível em: https://amazoniareal.com.br/marco-temporal-a-arqueologia-tambem-diz-nao/. Acesso em 02 de setembro de 2023.

SANTOS, Beatriz Mercês de Souza dos. O estudo tecnotipológico da cerâmica Guarani dos sítios arqueológicos Castelinho, Alvim e Taquaruçu da área do Alto Rio Paraná-SP, 2022.

SANTOS, Gilberto Vieira dos; THOMAZ JUNIOR, Antonio. O Movimento Indígena contemporâneo e a Geografia. Revista NERA, v. 23, n. 54, p. 137-162,dossiê, 2020.

SANTOS, J. R. Q.; GOMES, Roselene Moreira. São Nicolau: primeira querência do Rio Grande. 1 ed. Porto Alegre: Martins Livreiro Editor, 2003.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço. São Paulo: Editora Hucitec, 1996.

SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo: Editora Hucitec,1988.

SOBREIRO FILHO, José. Instrumentos teóricos para analisar os movimentos socioespaciais e a perspectiva geográfica: conflitualidade, contentious politics; terrains of resistance, socio-patial positionality e convergence spaces, Revista Nera, 2017.

THEVET, André. As singularidades da França Antártica (1557). Itatiaia, 1978.

THOMAZ, Rosângela Custódio Cortez. Arqueologia da Influência Jesuítica no Baixo Paranapanema: estudo do Sítio Taquaruçu, Revista USP, 1995.

ZUSE, Silvana; MILDER, Saul Eduardo Seiguer. Cerâmica Guarani e de Contato: Permanências e Mudanças Técnicas em uma Redução Jesuítica do Início do século XVII. Anais do IX Encontro Estadual de História, ANPUH-RS, 2008.

ZUSE, Silvana. Os Guarani e a Redução Jesuítica: tradição e mudança técnica na cadeia operatória de confecção dos artefatos cerâmicos do sítio Pedra Grande e entorno. Dissertação (Mestrado em Arqueologia) - Museu de Arqueologia e Etnologia, University of São Paulo, São Paulo, 2009.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)