ABELHAS E AGRONEGÓCIO NO BRASIL: ANÁLISE A PARTIR DAS ABELHAS MANEJADAS PARA A PRODUÇÃO COMERCIAL DE MEL

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Daniela Ferrarezi VALÉRIO
Valmir José de Oliveira VALÉRIO

Resumo

Como os impactos para as abelhas nativas são mais difíceis de serem mensurados, devido à ausência de dados específicos sobre o tema, analisamos aqui os casos de mortes de abelhas manejadas para a produção comercial de mel. Esta opção se justifica à luz das informações disponíveis sobre ocorrências relacionadas à morte de enxames devido à aplicação de agrotóxicos, registradas por diversas páginas da internet. Logo, este artigo tem por objetivo analisar a relação entre o uso de agrotóxicos e os casos de
mortandade de exames de abelhas (efeitos agudos). Iniciamos com um breve resgate acerca do processo de modernização da agricultura, de maneira a destacar os efeitos perversos para os insetos polinizadores e, em especial, para as abelhas. Em seguida, para uma melhor compreensão da relação entre agronegócio e abelhas, analisamos casos concretos de mortandade de enxames para a produção comercial de mel, assim como o mapeamento dos casos identificados por meio da metodologia adotada. Para finalizar, concluímos com uma reflexão de síntese acerca dos principais conteúdos abordados.


*Este resumo foi gerado pela equipe editorial a partir de trechos copiados do texto, considerando que no presente momento em que a edição foi publicada a apresentação de resumo não fazia parte das normas da revista.

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Como Citar
VALÉRIO, D. F., & VALÉRIO, V. J. de O. (2023). ABELHAS E AGRONEGÓCIO NO BRASIL:: ANÁLISE A PARTIR DAS ABELHAS MANEJADAS PARA A PRODUÇÃO COMERCIAL DE MEL. BOLETIM DATALUTA, 16(181). Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/BD/article/view/52730
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Daniela Ferrarezi VALÉRIO, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Mestranda em Geografia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), Universidade Estadual Paulista (UNESP). Pesquisadora do Centro de Estudos do Trabalho, Ambiente e Saúde (CETAS) e do Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (CEGeT) e bolsista de mestrado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Valmir José de Oliveira VALÉRIO, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Doutor em Geografia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pesquisador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA).

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