ARTE DE PROTESTO EM ENREDOS DO GRUPO ESPECIAL CARIOCA

Paraíso do Tuiuti e Beija-Flor, 2018

Autores

  • Carlos Eduardo Silva
  • Fátima Costa de Lima

DOI:

https://doi.org/10.26512/cmd.v5i2.22016

Palavras-chave:

ESCOLA DE SAMBA, ENREDO, PROTESTO, ARTE CARNAVALESCA

Resumo

A partir da teoria crítica e literária, o artigo apresenta as escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro como organismos dinâmicos que vivem suas próprias contradições. Contra perspectivas míticas ou românticas, a noção de “escola de samba” considera sua origem histórica em zonas de exclusão social e sua aceitação e cooptação por forças econômicas e midiáticas, contradições evidenciadas na relação entre os sentidos de alguns enredos e aquilo que suas comunidades afirmam. Mesmo que questões econômicas e de produção limitem por vezes o escopo temático e de desenvolvimento dos elementos artísticos dos desfiles carnavalescos, em 2018 algumas escolas produziram enredos políticos de protesto que impactaram debates sociais da atualidade nacional - em especial, o golpe de Estado de 2016. O artigo atravessa enredos da Unidos da Tijuca (1982), Império Serrano (1982, 1986), Mangueira (1988), Vila Isabel (1990), Paraíso do Tuiuti (2018) e Beija-Flor (1989, 1990, 2018).

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Publicado

2019-01-16

Como Citar

Silva, C. E., & Lima, F. C. de. (2019). ARTE DE PROTESTO EM ENREDOS DO GRUPO ESPECIAL CARIOCA: Paraíso do Tuiuti e Beija-Flor, 2018. Arquivos Do CMD, 5(2). https://doi.org/10.26512/cmd.v5i2.22016

Edição

Seção

Artigos de Dossiê