A violência, entre práticas e representações sociais:

uma trajetória de pesquisa

Autores

  • Maria Stela Grossi Porto Universidade de Brasília

Resumo

A o preparar a apresentação deste dossiê sobre violência, algumas reflexões auxiliaram-me a decidir sobre a forma de conduzi-la. Em primeiro lugar, concluí, com certa apreensão e alguma tristeza, mas também com um sentimento positivo, que este é já o terceiro número de Sociedade e Estado dedicado ao tema. A apreensão e tristeza foram decorrentes da constatação de que, passados 20 anos desde a publicação do primeiro dossiê, em 1995, seguido de um segundo, em 2004, o contexto empírico da violência em suas múltiplas formas de manifestação se mantém como problema social persistente e recorrente ”“ seja em termos das práticas, seja no que diz respeito às representações sociais ”“, configurando cenários de insegurança e medo que, apesar de diferenças significativas em suas formas de concretização, atravessam o conjunto da sociedade brasileira. O caráter positivo, por sua vez, é consequência da constatação de que, sem se deixar pura e simplesmente colonizar pelos problemas sociais, a reflexão acadêmica soube delimitar quando, como e onde se fazia pertinente construir o problema social como questão sociológica, resultando daí um considerável avanço no processo de conhecimento sobre o fenômeno. Não se pode, por certo, concluir daí que este maior conhecimento resulte automaticamente em menos violência.

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Biografia do Autor

Maria Stela Grossi Porto, Universidade de Brasília

Professora titular do Departamento de Sociologia/UnB,
Pesquisadora 1A do CNPq. Organizadora deste dossiê.

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Publicado

20-04-2016

Como Citar

Porto, M. S. G. (2016). A violência, entre práticas e representações sociais:: uma trajetória de pesquisa. Sociedade E Estado, 30(1), 19–37. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/5949

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