A câmara proscrita ou o desperdício institucional do governo FHC

Autores

  • Glauco Arbix Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Palavras-chave:

.

Resumo

objetivo deste artigo é recuperar o processo de nascimento da câmara do setor automotivo, destacando as tensões então existentes entre os representantes do Estado, do Capital e do Trabalho, e queforam equacionadas de um modo novo em 1991. A substituição da lógica do confronto, que havia marcado toda a década de 80, pela "cooperação confliti va” só pode ser parcial e momentânea, ainda mais que as resistências políticas à concertação tripartite foram reativadas sob as asas governamentais a ponto de praticamente banir a câmara setorial como um espaço permanente de negociação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Glauco Arbix, Fundação Getúlio Vargas (FGV)

professor e pesquisador da FGV, membro do Núcleo de Estudos sobre Trabalho, Tecnologia e Organização da Escola Politécnica da USP.

Referências

Atkinson, M. e Coleman, W. (1985) “Corporatism and Industrial Policy”, in Alan Cawson (ed.), Organized Interests and the State,.Londres: Sage.

Bielschowsky, R. (1992) “Transnational Corporations and Manufacturing Sector in Brazil”. Santiago do Chile: Eclac-United Nations.

Cano, Wilson (1993) Reflexões sobre o Brasil e a Nova (Des)Ordem Internacional. Campinas: Unicamp.

Cawson, A. (1986) Corporatism and Political Theory. Londres: Brasil Black- well.

CUT, Tese de Doutoramento, Departamento de Sociologia da USP.

Diniz E. e Boschi R., (1991) “O Corporativismo na Construção do Espaço Público”, in R. Boschi (ed.), Corporativismo e Desigaldade —A Construção do Espaço Público no Brasil. Rio de Janeiro: Rio Fundo Editora.

Ferro, J. R. (1992) “A Produção Enxuta no Brasil”, in J. Womack, D. Roos. A Máquina que Mudou o Mundo. Rio de Janeiro: Campus.

Gamble, A. (1993) “The Decline of Corporatism”, in D. Crabtree e A. Thirl wall (eds.), Keynes and the Role of the State. Londres: Macmillian.

Isto E, (1991) “Em ponto morto”, março.

Jornal do Brasil (1991) “Câmara Setorial forma cartel”, 30.04.

Jornal do Brasil (1991) “Fim das Câmaras Setorias”, 01.09.

Lange, P. (1984) “Unions, Order, and Conflict in a Simple Dynamic Model of

Capitalism”, in J. Goldthorpe (ed.), Order and Conflict in Contemporay Capitalism. Oxford: Clarendon Press.

Lehmbruch, G. (1982) “Neo-corporatism in Comparative Perspective”, in G. Lehmbruch e P. Schmitter (eds.), Patterns of Corporatist Policy-Making. Londres: Sage.

Lucas, L.P.V. (1992) “A Política Industrial Brasileira, Avanços e Desafios", s. r.

Polanyi, K. (1980) A Grande Transformação. Rio de Janeiro: Editora Campus. Regini, M. (1984) “The Conditions for Political Exchange: How Concertation

Emerged and Collapsed in Italy and Great Britain”, in J. Goldthorpe (ed.), Order and Conflict in Contemporary Capitalism. Oxford: Clarendon Press, p. 137.

Rodrigues, I. J. (1993) Trabalhadores, Sindicalismo e Democracia', a Trajetória da CUT. Tese de Doutoramento, Departamento de Sociologia da Usp.

Schmitter, P. (1990) “Sectors in Modem Capitalism: Modes of Governance and Variations in Performance”, in R. Brunetta e C. Dell’Aringa (eds.), Labour Relations and Economic Performance. Londres: Macmillan.

Sola, L. (1993)“Estado, Reformas Estruturais e Democratização no Brasil”, in Revista USP, n.° 17, março-maio. São Paulo: CCS da USP.

Tavares, M. da C. e Fiori, J. L. (1993) (Des)Ajuste Global e Modernização Conservadora. São Paulo: Paz e Terra.

Vaz, C. (1994) comunicado no Seminário: Reestruturação Produtiva e Novos Padrões nas Negociações Capital-Trabalho, sobre as “Câmaras Setoriais e a Experiência do Setor Automobilístico”, in Cadernos de Pesquisa, n.° 1, junho. São Paulo: CEBRAP.

Downloads

Publicado

12-08-2022

Como Citar

Arbix, G. . (2022). A câmara proscrita ou o desperdício institucional do governo FHC. Sociedade E Estado, 11(02), 345–372. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/44134