TY - JOUR AU - Gai Montedo, Paulo Sérgio PY - 2019/04/07 Y2 - 2024/03/28 TI - Uma Proposta em Ensino de Física e a Democratização do Debate Nuclear JF - Revista do Professor de Física JA - Rev. Prof. Física VL - 3 IS - 1 SE - Artigos DO - 10.26512/rpf.v3i1.12591 UR - https://periodicos.unb.br/index.php/rpf/article/view/12591 SP - 28-46 AB - <p>De acordo com dados do Plano Nacional de Energia, até o ano de 2030 o Brasil tem a intenção de construir quatro usinas nucleares e até o ano 2050, serão outras oito, totalizando quinze usinas termonucleares em funcionamento no país. Compreendendo a falta de informações ao público em geral e a inexistência de discussões conjuntas aos diversos setores que compõem a sociedade brasileira, o trabalho presente, realizado em uma escola pública estadual em Florianópolis/SC, teve como objetivo encorajar nossos estudantes a reivindicarem-se enquanto parte das discussões e debates no que concerne à temática da nucleoeletricidade. Neste sentido, assumindo a dialeticidade entre o técnico e político nestas discussões, partilhamos, no contexto da sala de aula, da experiência que tivemos na produção e aplicação de um material instrucional relacionado à radioatividade e aos princípios de funcionamento das usinas nucleares de Angra dos Reis. Buscamos desta maneira, no campo da Física, desconstruir algumas concepções comuns equivocadas, difundidas inclusive pelos meios de comunicação e reproduzidas pelo público em geral, sobre algumas especificidades da radiação e o processo de produção de eletricidade via energia nuclear. Por conseguinte, nos foi possível problematizar alguns mitos relacionados a uma suposta neutralidade no processo de produção do conhecimento científico e tecnológico, o qual, sob uma perspectiva de supremacia tecnocrática, alija a sociedade do seu direito à participação nos debates e decisões da área, assim como, sob o pilar salvacionista, aponta a energia nuclear como a solução de todos os nossos problemas frente à crise energética e ambiental que se acentuará nas próximas décadas. Enfim, amparado na necessidade de qualificação dos nossos jovens às discussões e democratização do debate aos diversos setores da sociedade, segue aqui uma proposta exequível de ensino e aprendizagem sobre a temática, na rede de ensino médio.&nbsp;</p> ER -