Sistemas nacionais de acesso ao documento

um modelo para o Brasil

Resumo

A necessidade de um acesso adequado ao documento é cada vez mais acentuada e o volume total de publicações produzidas mundialmente continua a apresentar um crescimento exponencial. O aperfeiçoamento do controle bibliográfico, nos últimos dez anos, tem permitido uma maior cobertura de documentos e assegurado um acesso mais rápido e eficaz às referências bibliográficas. As bibliotecas, tendo em vista o aumento dos custos e a proliferação das publicações, têm recorrido ao empréstimo interbibliotecário a fim de prover os seus usuários de toda informação de que necessitam. Um estudo comparativo de sistemas nacionais de empréstimo interbibliotecário preparado pela UNESCO identifica uma série de alternativas, variando de acordo com a centralização ou descentralização das coleções e constitui um ponto de partida para a análise de soluções para o Brasil. Na prática, os modelos mais adequados são sempre mistos e o sucesso do planejamento de um sistema de acesso ao documento depende da capacidade de encontrar o ponto de equilíbrio entre a centralização e descentralização, apropriado a cada país. No Brasil, uma análise de alternativas sugere que a melhor solução seria, certamente, a criação de uma coleção núcleo de periódicos técnicos e científicos (excluindo medicina e agricultura), um sistema descentralizado para monografias, exceto monografias brasileiras, e um núcleo para suprimento de relatórios. Nenhuma provisão especial seria feita para anais de conferências ou publicações oficiais estrangeiras ou dissertações. As publicações oficiais brasileiras seriam coletadas e supridas pela Biblioteca Nacional ou por outro órgão governamental do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário. Literatura comercial não seria suprida por empréstimo interbibliotecário e sim coletada dos principais centros industriais para fins de consulta.