O CETICISMO SEMÂNTICO EXPOSTO POR KRIPKE A PARTIR DE WITTGENSTEIN
um problema ontológico?
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v13i28.53950Schlagworte:
Ceticismo semântico. Significado. Ontologia. Factualismo. Quadição.Abstract
Em Wittgenstein on rules and private language, Kripke lê nas Investigações filosóficas de Wittgenstein um novo tipo de problema cético: ceticismo semântico. Sua exposição formula um paradoxo cético cujo objetivo é questionar se existem fatos constitutivos do significado. Partindo de um exemplo aritmético, Kripke questiona se, em somas aparentemente simples, estaríamos seguindo mesmo a regra da adição, e não outra regra. Para mostrar que estamos efetuando mesmo a adição, Kripke argumenta que devemos indicar a existência dalgum fato que nos justifique em utilizar ‘+’ significando adição. O problema é que, conforme Kripke conclui, nenhum fato satisfaz as condições exigidas. Não podemos encontrar tal fato simplesmente por que não existem fatos constitutivos do significado. Assim, considerando as condições que o fato putativo deve satisfazer, este artigo pretende defender a tese interpretativa de que o problema exposto por Kripke consiste, sobretudo, em um problema ontológico.
Downloads
Literaturhinweise
BAKER, Gordon Park; HACKER, Peter Michael Stephan. Scepticism, rules and language. Oxford: Blackwell, 1984.
GOODMAN, Nelson. Fact, fiction and forecast. 4ª ed. Cambridge: Harvard University Press, 1983.
GROSS, Steven. (Descriptive) externalism in semantics. In: RIEMER, N. (Ed.). The Routledge handbook of semantics. New York: Routledge, 2016, pp. 13-29.
KAPLAN, David. Afterthoughts. In: ALMOG, J.; PERRY, J.; WETTSTEIN, H. (Eds.). Themes from Kaplan. New York: Oxford University Press, 1989, pp. 565-614.
KRIPKE, Saul. Wittgenstein on rules and private language. Oxford: Blackwell, 1982.
LEWIS, David. General semantics. Synthese, v. 22, n. 1-2, pp. 18-67, dez. 1970. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00413598
MORRIS, Charles William. Foundations of the theory of signs. International encyclopedia of unified science (org.). Volume 1, number 2. Chicago: The University of Chicago Press, 1938.
PETIT, Philip. The reality of rule-following. In: MILLER, A; WRIGHT, C. (Eds.). Rule-following and meaning. Chesham: Acumen Publishing, 2002, pp. 188-208.
SILVA, Daniel Soares da. Linguagem e visão da comunidade na filosofia de Saul Kripke: de Naming and necessity a Wittgenstein on rules and private language. São Paulo. 208f. Tese (Doutorado). Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo. 2017.
SHAGRIR, Oron. Kripke’s infinity argument. In: BERG, J. (Ed.). Naming, necessity and more: explorations in the philosophical work of Saul Kripke. New York: Palgrave Macmillan, 2014, pp. 169-190.
SPEAKS, Jeff. Theories of Meaning. In: ZALTA, E. (Ed.). The Stanford Encyclopedia of Philosophy, 2021. Disponível em: https://plato.stanford.edu/entries/meaning/. Acesso em: 09 maio 2024.
STALNAKER, Robert. Reference and necessity. In: HALE, B.; WRIGHT, C. (Eds.). A companion to the philosophy of language. Oxford: Blackwell, 1997, pp. 534-554.
THORNTON, Tim. Wittgenstein sobre pensamento e linguagem. Tradução de Alessandra Siedschlog Fernandes e Rogério Bettoni. São Paulo: Edições Loyola, 2007.
WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações filosóficas. Tradução de Marcos G. Montagnoli. Petrópolis: Vozes, 2014.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2024 PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília
Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung - Nicht-kommerziell - Keine Bearbeitungen 4.0 International.
Todos os trabalhos que forem aceitos para publicação, após o devido processo avaliativo, serão publicados sob uma licença Creative Commons, na modalidade Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License (CC BY-NC-ND 4.0). Esta licença permite que qualquer pessoa copie e distribua a obra total e derivadas criadas a partir dela, desde que seja dado crédito (atribuição) ao autor / Ã autora / aos autores / às autoras.