O QUÃO ÚTIL É O CONHECIMENTO INÚTIL?
Considerações filosóficas e históricas sobre a importância social de atividades epistêmicas
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v9i18.29905Schlagworte:
Conhecimento. Atividades epistêmicas. Utilidade. Valor. Abraham Flexner.Abstract
Este ensaio é uma reflexão sobre a utilidade do conhecimento. No meio acadêmico costuma-se tomar como dado que a cultura intelectual tem valor em si mesma, contudo, isso não é obvio para o público geral, que é levado a crer que universidades e institutos de ensino e pesquisa não tem utilidade, e por isso não devem receber apoio estatal. Atividades intelectuais não dão retorno econômico e social imediato, o que leva a conclusão de que o investimento nelas é supérfluo, quando comparado com áreas de maior importância prática, como saúde, segurança e educação básica. A concepção de utilidade por trás desse raciocínio é examinada, a fim de mostrar que o conhecimento científico é indispensável para a posse e manutenção dos bens considerados úteis. O artigo The Usefulness of Useless Knowledge, de Abraham Flexner é usado para embasar a defesa do valor prático e social de atividades epistêmicas. A filosofia da ciência de Mario Bunge (1980; 1988; 1989; 1990) é usada para explicitar aspectos da relação ciência-tecnologia-sociedade nos quais Flexner não toca.
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Literaturhinweise
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