A AGÊNCIA MORAL ENTRE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ROBÔS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v13i30.55527

Palavras-chave:

Inteligência Artificial. Agentes Inteligentes. Agência Moral. Robôs. Responsabilidade.

Resumo

Este artigo tem como objetivo compreender filosoficamente as relações entre inteligência artificial, robôs e agência moral. O avanço da inteligência artificial tem modificado as formas de pensamento e comportamento dos seres humanos em sociedade. Para o nosso trabalho, partiremos do seguinte problema: se atribuímos à inteligência artificial uma agência moral, então a inteligência artificial pode ser moralmente responsável? Nossa hipótese a ser verificada é que se a inteligência artificial simula ações morais na tomada de decisões, então uma agência moral apenas simula formas de responsabilidade moral. Esta proposta justifica-se devido à importância contemporânea da filosofia para a compreensão e o debate de conceitos teóricos que envolvem a inteligência artificial. Esses conceitos teóricos são os agentes inteligentes, os algoritmos, o machine learning (aprendizado de máquina), o big data (grande quantidade de dados computáveis), a cognição, a informação, a lógica, as redes neurais, dentre outros.

Downloads

Biografia do Autor

Maurício Cavalcante Rios, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (2005), mestrado em Ensino, Filosofia e História das Ciências pela Universidade Federal da Bahia (2014) e doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências pela Universidade Federal da Bahia (2023). Atualmente é membro pesquisador da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia, membro: estudante - Society for social Studies of Science, membro pesquisador da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, grupo de pesquisa: estudante da Universidade Federal da Bahia e professor efetivo ensino médio e superior do Instituto Federal da Bahia. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: filosofia, filosofia da ciência, ciência, inteligência artificial e educação. 

Referências

ANGELUCI, Alan; ROSSETTI, Regina. Ética algorítmica: questões e desafios éticos do avanço tecnológico da sociedade da informação. Galáxia, São Paulo, n. 46, 2021, p. 1-18. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-2553202150301.

MINDELL, David; REYNOLDS, Elisabeth. Inteligência artificial e trabalho: Panorama setorial da internet. [S.l.]: MIT, 2020.

BEHDADI, D.; MUNTHE, C. A normative approach to artificial moral agency. Minds & Machines, v. 30, p. 195–218, 2020. DOI: https://doi.org/10.1007/s11023-020-09525-8.

BRINGSJORD, Selmer. Artificial intelligence. In: Stanford Encyclopedia of Philosophy. 2018. Disponível em: https://plato.stanford.edu/entries/artificial-intelligence/. Acesso em: 15 abr. 2025.

BRINGSJORD, Selmer. Psychometric artificial intelligence. Journal of Experimental and Theoretical Artificial Intelligence, v. 23, n. 3, p. 271–277, 2011. DOI: https://doi.org/10.1080/0952813X.2010.502314.

CHAMPAGNE, Marc. The mandatory ontology of robot responsibility. Cambridge Quarterly of Healthcare Ethics, v. 30, n. 3, p. 448–454, 2021. Doi: https://doi.org/10.1017/S0963180120000997.

CUPANI, Alberto. Filosofia da tecnologia: um convite. Florianópolis: Editora UFSC, 2016.

DANTAS, Danilo Fraga. Epistemologia Computacional: uma provocação. Revista Perspectiva Filosófica, v. 46, n. 02, pp. 189-221, 2019. DOI: https://doi.org/10.51359/2357-9986.2019.248089.

DARPA. Strategic computing: new-generation computing technology: a strategic plan for its development and application to critical problems in defense. ADA141982, 28 out. 1983.

DENNET, D. Artificial Intelligence as Philosophy and as Psychology. In: RINGLE, Martin. Philosophical Perspectives in Artificial Intelligence. New York: Humanities Press and Harvester Press, 1979, pp. 57-80.

EMBRAPII. Robô Snake promete revolucionar a vistoria de soldas a laser. Publicado em 27 maio 2019. Disponível em: https://embrapii.org.br/robo-snake-promete-revolucionar-a-vistoria-de-soldas-a-laser/. Acesso em: 23 ago. 2024.

EUROPEAN COMMISSION. How Many People Work in Agriculture in the European Union? An Answer Based on Eurostat Data Sources. EU Agricultural Economics Briefs, n. 8, jul. 2013.

FLORIDI, L. The Philosophy of Information. Oxford: Oxford Press, 2011.

FOUCAULT, Michel. Discipline and Punish. Alan Sheridan (trans.). New York: Pantheon, 1975.

FRANSSEN, Maarten, LOKHORST, Gert-Jan and VAN DE POEL, Ibo. Philosophy of Technology. In: ZALTA, Edward N.; NODELMAN, Uri (ed.). The Stanford Encyclopedia of Philosophy, Fall 2024. Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/fall2024/entries/technology/. Acesso em: 23 ago. 2024.

KORB, Kevin B. Introduction: machine learning as philosophy of science. Minds and Machines, v. 14, p. 433–440, 2004. DOI: https://doi.org/10.1023/B:MIND.0000045986.90956.7f.

MCNAMARA, Paul and VAN DE PUTTE, Frederik. Deontic Logic. In: ZALTA, Edward N.; NODELMAN, Uri (ed.) The Stanford Encyclopedia of Philosophy, Fall 2022. Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/fall2022/entries/logic-deontic/. Acesso em: 23 ago. 2024.

MITTELSTADT, B. D. et al. The ethics of algorithms: mapping the debate. Big Data & Society, v. 3, n. 2, p. 1–21, jul./dez. 2016. DOI: https://doi.org/10.1177/2053951716679679.

MÜLLER, Vincent C., Ethics of Artificial Intelligence and Robotics. In: ZALTA, Edward N.; NODELMAN, Uri (ed.). The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Fall 2023. Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/fall2023/entries/ethics-ai/. Acesso em: 23 ago. 2024.

NEWELL, N. You can't play 20 questions with nature and win: projective comments on the papers in this symposium. In: CHASE, W. (ed.). Visual information processing. New York, NY: Academic Press, 1973, pp. 1-26.

O’ NEIL, Cathy. Algoritmos de Destruição em Massa. [s/l]: Editora Rua do Sabão, 2020.

O’ NEIL, Cathy. Weapons of Math Destruction: How Big Data Increases Inequality and Threatens Democracy. New York: Crown Publishing Group, 2017.

RULAC. Rule of Law in Armed Conflicts. Legal framework: International humanitarian law. 2017. Disponível: https://www.rulac.org/legal-framework/international-humanitarian-law. Acesso em: 23 ago. 2024.

RUSSELL, S., & NORVIG, P. Artificial Intelligence: a modern approach. 3rd edition, Saddle River, NJ: Prentice Hall, 2010.

SEARLE, J., The Mystery of Consciousness. London: Granta Books 1997.

TALBERT, Matthew. Moral Responsibility. In: ZALTA, Edward N.; NODELMAN, Uri (ed.). The Stanford Encyclopedia of Philosophy, Fall 2024. Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/fall2024/entries/moral-responsibility/. Acesso em: 23 ago. 2024.

TEIXEIRA, João Fernandes. Inteligência Artificial: uma odisseia da mente. São Paulo: Paulus, 2014.

TRIPICCHIO, Adalberto e TRIPICCHIO, Anna Cecília. Teorias da Mente. São Paulo: Teccmed Editora, 2003.

TURING, Alan M. Computing machinery and intelligence. Mind, v. 59, n. 236, p. 433–460, out. 1950. DOI: https://doi.org/10.1093/mind/LIX.236.433.

VAN GULICK, Robert. Consciousness. In: ZALTA, Edward N.; NODELMAN, Uri (ed.). The Stanford Encyclopedia of Philosophy, Winter 2022. Disponível em: https://plato.stanford.edu/archives/win2022/entries/consciousness/. Acesso em: 23 ago. 2024.

WAYMO. Waymo Driver. Disponível em: https://waymo.com/intl/es/waymo-driver/. Acesso em: 23 ago. 2024.

Downloads

Publicado

31-03-2025

Como Citar

Cavalcante Rios, M. (2025). A AGÊNCIA MORAL ENTRE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ROBÔS. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 13(30), 78–101. https://doi.org/10.26512/pl.v13i30.55527

Edição

Seção

Artigos