AS FORMAS DE ALIENAÇÃO DO MUNDO E A EXPERIÊNCIA DA AMIZADE COMO RESISTÊNCIA EM HANNAH ARENDT
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v13i28.54199Palavras-chave:
Alienação do mundo. Solidão. Totalitarismo. Amizade. Hannah Arendt.Resumo
O propósito do presente artigo é investigar as formas pelas quais se manifestam a alienação do mundo e da Terra e suas respectivas relações com as atividades da vita activa: trabalho, fabricação e ação. Cada uma das atividades humanas cuja função é suportar, construir e constituir o mundo carrega uma ambiguidade que, em face das articulações e transfigurações sofridas a partir da modernidade, acaba por conduzir ao estado de abandono, desenraizamento do mundo, solidão. Com esta investigação, procura-se compreender a solidão (loneliness) não como estado psicológico, mas como forma do estar-no-mundo específica da modernidade. Tal estado humano básico é, segundo Arendt, o solo fértil para o surgimento de movimentos totalitários. Como resistência à solidão, evocamos a experiência da amizade arendtianamente pensada que, diferentemente do sentimento íntimo, faz referência ao mundo, contribuindo para o fortalecimento do senso comum e convidando à responsabilidade e ao cuidado com o mundo comum e com a Terra – o lar e a morada que deverão sobreviver ao influxo das próximas gerações.
Downloads
Referências
ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Trad. Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2005.
ARENDT, Hannah. Filosofia e Política. In: A Dignidade da Política. Trad. Helena Martins, Antônio Abranches. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002, pp. 91-115.
ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
ARENDT, Hannah. Diário Filosófico, 1950-1973. Trad. R. Gabás, prólogo de Fina Birulés. Barcelona: Herder, 2018.
ARENDT, Hannah. Sobre Hannah Arendt. Trad. Adriano Correia. Revista Inquietude, Goiânia, v. 1, n. 2, 2010. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B4AeuuKw4oJnblBFTFVObTlObGM/view?resourcekey=0-pUJUXi-Oo5EMTWiDnWq-sw. Acesso em: 08 fev. 2024.
DIAS, Thiago. Hannah Arendt e o ativismo dos indiferentes. Revista Cult, abril, 2019. Disponível em https://revistacult.uol.com.br/home/hannah-arendt-bolsonarismo/. Acesso em: 10 fev. 2024.
DUARTE, André. Poder e violência no pensamento político de Hannah Arendt: uma reconsideração. In: ARENDT, H. Sobre a Violência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, pp. 131-167.
OLIVEIRA, Jelson. Negação e Poder: do desafio do niilismo ao perigo da tecnologia. Caxias do Sul: EDUCS, 2018.
ROVIELLO, Anne-Marie. Senso comum e modernidade em Hannah Arendt. Trad. Bénedict Houart; João Filipe Marques. Lisboa: Instituto Piaget, 1987.
TASSIN, Etienne. Un monde commun: pour une cosmo-politique des conflits. Paris: Suil, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 PÓLEMOS – Revista de Estudantes de Filosofia da Universidade de Brasília
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Todos os trabalhos que forem aceitos para publicação, após o devido processo avaliativo, serão publicados sob uma licença Creative Commons, na modalidade Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License (CC BY-NC-ND 4.0). Esta licença permite que qualquer pessoa copie e distribua a obra total e derivadas criadas a partir dela, desde que seja dado crédito (atribuição) ao autor / Ã autora / aos autores / às autoras.