AS FORMAS DE ALIENAÇÃO DO MUNDO E A EXPERIÊNCIA DA AMIZADE COMO RESISTÊNCIA EM HANNAH ARENDT

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v13i28.54199

Palavras-chave:

Alienação do mundo. Solidão. Totalitarismo. Amizade. Hannah Arendt.

Resumo

O propósito do presente artigo é investigar as formas pelas quais se manifestam a alienação do mundo e da Terra e suas respectivas relações com as atividades da vita activa: trabalho, fabricação e ação. Cada uma das atividades humanas cuja função é suportar, construir e constituir o mundo carrega uma ambiguidade que, em face das articulações e transfigurações sofridas a partir da modernidade, acaba por conduzir ao estado de abandono, desenraizamento do mundo, solidão. Com esta investigação, procura-se compreender a solidão (loneliness) não como estado psicológico, mas como forma do estar-no-mundo específica da modernidade. Tal estado humano básico é, segundo Arendt, o solo fértil para o surgimento de movimentos totalitários. Como resistência à solidão, evocamos a experiência da amizade arendtianamente pensada que, diferentemente do sentimento íntimo, faz referência ao mundo, contribuindo para o fortalecimento do senso comum e convidando à responsabilidade e ao cuidado com o mundo comum e com a Terra – o lar e a morada que deverão sobreviver ao influxo das próximas gerações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Heloisa Helena Ribeiro Barbosa Schmaedecke, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Doutoranda da linha de pesquisa Ética e Filosofia Política da Pontifícia Universidade Católica do Paraná- PUCPR (2019-2023). Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2017). Especialista em Filosofia da Educação pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2013). Bacharel e licenciada em Filosofia pela UFPR. Bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR. Desenvolve pesquisa nas áreas de Educação, Filosofia Política e Ética com ênfase nos seguintes temas: natalidade, poder, violência, conflito e consenso. Professora de Filosofia do Ensino Médio e Técnico da Secretaria do Estado do Paraná.

Referências

ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Trad. Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2005.

ARENDT, Hannah. Filosofia e Política. In: A Dignidade da Política. Trad. Helena Martins, Antônio Abranches. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002, pp. 91-115.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

ARENDT, Hannah. Diário Filosófico, 1950-1973. Trad. R. Gabás, prólogo de Fina Birulés. Barcelona: Herder, 2018.

ARENDT, Hannah. Sobre Hannah Arendt. Trad. Adriano Correia. Revista Inquietude, Goiânia, v. 1, n. 2, 2010. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/0B4AeuuKw4oJnblBFTFVObTlObGM/view?resourcekey=0-pUJUXi-Oo5EMTWiDnWq-sw. Acesso em: 08 fev. 2024.

DIAS, Thiago. Hannah Arendt e o ativismo dos indiferentes. Revista Cult, abril, 2019. Disponível em https://revistacult.uol.com.br/home/hannah-arendt-bolsonarismo/. Acesso em: 10 fev. 2024.

DUARTE, André. Poder e violência no pensamento político de Hannah Arendt: uma reconsideração. In: ARENDT, H. Sobre a Violência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, pp. 131-167.

OLIVEIRA, Jelson. Negação e Poder: do desafio do niilismo ao perigo da tecnologia. Caxias do Sul: EDUCS, 2018.

ROVIELLO, Anne-Marie. Senso comum e modernidade em Hannah Arendt. Trad. Bénedict Houart; João Filipe Marques. Lisboa: Instituto Piaget, 1987.

TASSIN, Etienne. Un monde commun: pour une cosmo-politique des conflits. Paris: Suil, 2003.

Downloads

Publicado

28-10-2024

Como Citar

Ribeiro Barbosa Schmaedecke, H. H. (2024). AS FORMAS DE ALIENAÇÃO DO MUNDO E A EXPERIÊNCIA DA AMIZADE COMO RESISTÊNCIA EM HANNAH ARENDT. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 13(28), 186–203. https://doi.org/10.26512/pl.v13i28.54199

Edição

Seção

Artigos