OS DIREITOS HUMANOS SOB UMA ANÁLISE DA POLÍTICA COMO LIBERDADE EM HANNAH ARENDT

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v12i26.51405

Palavras-chave:

Apátridas. Desnacionalização. Totalitarismo.

Resumo

Considerando os acontecimentos do século XX, é possível constatar várias violações de direitos de diversos grupos. É o caso dos apátridas, que se multiplicaram depois dos impactos desencadeados pelas duas grandes guerras. Esta situação foi examinada por vários intelectuais, sendo Hannah Arendt uma das mais importantes. O objetivo desta pesquisa é examinar a relação entre as ideias de Arendt e as discussões acerca da ideia de direitos humanos, com base em uma análise de um dos sentidos de política desenvolvido pela autora: a política como liberdade. Para tanto, foi realizado um estudo filosófico constituído por leituras e análises dos principais textos da filósofa, bem como de seus comentadores. Diante disso, observou-se que o diagnóstico feito pela pensadora ainda se aplica às condições de vida de diversos grupos no século XXI, como é o caso, por exemplo, da situação dos refugiados do campo de Calais, na França, analisada neste trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabiana Santana de Oliveira, Universidade de Brasília

Graduada em Filosofia pela Universidade de Brasília (2023). Integrante do Grupo de Pesquisa de Ética e Filosofia Política da UnB, credenciado junto ao CNPq. Como bolsista de iniciação científica pelo CNPq, desenvolveu pesquisas em companhia das obras de Hannah Arendt. Tem interesse pelo debate filosófico sobre os desafios dos direitos humanos em Hannah Arendt.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: O poder soberano e a vida nua I. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução de Roberto Raposo. 13. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2020.

ARENDT, Hannah. A dignidade da política. Tradução de Helena Martins et al. 3. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1993.

ARENDT, Hannah. A promessa da política. Tradução de Pedro Jorgensen Jr. 7. ed. Rio de Janeiro: DIFEL, 2020.

ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal. Tradução de José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Tradução de Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2016.

ARENDT, Hannah. Homens em tempos sombrios. Tradução de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

ARENDT, Hannah. Liberdade para ser livre. Tradução de Pedro Duarte. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2018.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Tradução de Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

ARENDT, Hannah. Sobre a violência. Tradução de André Duarte. 3. ed. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1994.

DELRUE, M.; SÉNÉCAT, A. Immigration et terrorisme: Marine Le Pen multiplie les intox. Le Monde, Paris, 18 abr. 2017. Disponível em: https://www.lemonde.fr/les-decodeurs/article/2017/04/18/immigration-et-terrorisme-marine-le-pen-multiplie-les-intox_5113168_4355770.html. Acesso em: 10 ago. 2023.

DI CESARE, D. Estrangeiros residentes: Uma filosofia da migração. Tradução de Cézar Tridapalli. Belo Horizonte: Âyiné, 2020.

DUARTE, Adriana. O pensamento à sombra da ruptura: Política e filosofia em Hannah Arendt. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

FERNANDES, Daniela. Paris vira destino de refugiados obrigados a deixar o campo de Calais. BBC, Paris, 28 out. 2016. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-37805121. Acesso em: 10 ago. 2023.

FERNANDES, João. “Os territórios de espera e o fluxo recente de migrantes clandestinos na Europa. O caso particular do campo Jungle, em Calais (França)”. In: The overarching issues of the European space: A strategic (re)positioning of environmental and sociocultural problems? = Grandes problemáticas do espaço europeu: Um (re)posicionamento estratégico das questões ambientais e socioculturais? Porto: Universidade do Porto. Faculdade de Letras, 2019.

FRATESCHI, Yara. Liberdade política e cultura democrática em Hannah Arendt. Cadernos de Filosofia Alemã, São Paulo, v. 21, n. 3, p. 29-50, dez. 2016.

JARDIM, E.; BIGNOTTO, N. (Orgs.) Hannah Arendt: Diálogos, reflexões, memórias. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: Um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

LAFER, Celso. Hannah Arendt: Pensamento, persuasão e poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

LEÃO, A. V.; SILVA, J. V. Os “últimos dias” do acampamento de imigrantes e refugiados de Calais. Malala, São Paulo, v. 6, n. 9, p. 117-129, jul. 2018.

MARMUND, T. Controlar e gerir – O campo de refugiados de Calais: Dispositivos e técnicas de controle migratório. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Programa de Estudos Pós-graduados em Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, 2020.

MONTENEGRO, Carol. Como é a vida no maior campo de refugiados da França. BBC, Calais, 22 fev. 2016. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160220_campo_refugiados_calais_. Acesso em: 10 ago. 2023.

RENAULT, C. Migrants: À Calais, chroniques de 20 années qui se suivent et se ressemblent. Le Figaro, 1º dez. 2021. Disponível em: https://www.lefigaro.fr/actualite-france/migrants-a-calais-chroniques-de-20-annees-qui-se-suivent-et-se-ressemblent-20211201. Acesso em: 12 ago. 2023.

RIBAS, C. M. Justiça em tempos sombrios: A justiça no pensamento de Hannah Arendt. Ponta Grossa: Todapalavra, 2019.

RUBIANO, Milena. Liberdade em Hannah Arendt. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2011.

Downloads

Publicado

30-12-2023

Como Citar

Santana de Oliveira, F. (2023). OS DIREITOS HUMANOS SOB UMA ANÁLISE DA POLÍTICA COMO LIBERDADE EM HANNAH ARENDT . PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 12(26), 33–54. https://doi.org/10.26512/pl.v12i26.51405

Edição

Seção

Artigos