PSICOLOGIA EMPÍRICA E FILOSOFIA APLICADA NO PENSAMENTO DE KANT

algumas reflexões a partir da Crítica da Razão Pura e da Crítica da Faculdade de Julgar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v12i27.50976

Palavras-chave:

Kant. Psicologia empírica. Filosofia aplicada. Sistema da filosofia transcendental. Primeira Introdução à Crítica da faculdade de julgar.

Resumo

Este artigo procura responder à seguinte questão: a partir de que princípios a psicologia empírica não pode ter lugar na filosofia transcendental e resta como uma disciplina vinculada à uma filosofia aplicada? Para tanto, antes de, como é comum, recorrer aos textos sobre a antropologia kantiana, há que se realizar um cotejo entre os textos que mapeiam o sistema transcendental, como a Arquitetônica da razão pura e a Primeira Introdução à Crítica da faculdade de julgar. A partir dessa leitura, espera-se determinar esse lugar da psicologia empírica, paulatinamente afastada da filosofia transcendental em direção a uma “filosofia aplicada”, na própria determinação das partes da filosofia, portanto na reflexão propriamente crítica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eliakim Ferreira Oliveira, Universidade de São Paulo

Desenvolve estudos em História da Filosofia Patrística e Medieval, com ênfase em Agostinho de Hipona, e Filosofia Clássica Alemã, com ênfase em Kant. No Programa de Iniciação Científica do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (PIBIC), estudou, 2016 e 2019, sob a orientação de Carlos Eduardo de Oliveira, o 'De quantitate animae' e as obras que Agostinho escreveu entre 387 e 389. Foi membro do Centro de Estudos de Filosofia Patrística e Medieval (Cepame) e do Grupo de Estudos da Latim Medieval (Gelm-USP), no qual contribuiu com a tradução das '83 questões diversas', de Agostinho de Hipona, disponíveis no site do CEPAME. Em 2016, deu início ao Grupo de Estudos de Idealismo Alemão (GEIA), que vem realizando, em parceria com o Grupo de Estudos de Filosofia Alemã (USP) e sob a coordenação de Maurício Cardoso Keinert, estudos sobre a 'Crítica da Faculdade de Julgar', de Kant. O GEIA promove um estudo programático da recepção da 'Crítica da Razão Pura', de Eberhard a Hegel. No mestrado do Programa de Pós-Graduação do Departamento de Filosofia da USP, estuda desde 2019, sob a orientação de Maurício Cardoso Keinert, a unidade entre os aspectos teórico e estético da imaginação na 1ª e 3ª Críticas de Kant.

Referências

ARAUJO, S. F. & LEITE, D. A. (2015). “Psicologia empírica e antropologia no pensamento crítico de Kant”. Estudos Kantianos, Marília, v. 3, n. 2, p. 141-162, jul./dez.

BORGES, M. (2003). “Psicologia empírica, antropologia e metafísica dos costumes em Kant”. In: Kant e-Prints, v. 2, n. 1, p. 1-10.

___________ (2020). “As faculdades em Kant: onde a filosofia transcendental supera a psicologia empírica”. In: Studia Kantiana, v. 18, n. 2 (agosto): 07-18.

FRIERSON, P. (2014). Kant’s empirical psychology. Cambridge: Cambridge University Press.

___________ (2013). What is the human being? New York: Routledge.

KANT, I. (1904). Kants Gesammelte Schriften — Herausgegeben von der Preussischen Akademie der Wissenschaften. Berlin: [s. e.].

_________ (1995). Duas introduções à Crítica do Juízo. Tradução Ricardo Terra et al. São Paulo: Iluminuras.

_________ (1995). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Tradução Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70.

_________ (2009). Antropologia de um ponto de vista pragmático. Tradução de Clélia Aparecida Martins. São Paulo: Iluminuras.

_________ (2015). Crítica da Razão Pura. Tradução Fernando Costa Mattos. 4ª ed. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco.

_________ (2016). Crítica da Faculdade de Julgar. Tradução Fernando Costa Mattos. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco.

MARTINS, C. A. (2009). "Introdução à Antropologia". In: KANT, I. Antropologia de um ponto de vista pragmático. São Paulo: Iluminuras.

SUZUKI, M. (2015). "Kant acordou mesmo do sono dogmático?". In: Estudos Kantianos, Marília, v. 3, n. 2, p. 11-40, Jul.-Dez.

WOLFF, C. (2018). Prolegômenos à psicologia empírica. Todas as traduções do texto de Wolff são de Márcio Suzuki, in WOLFF, C. Psicologia empírica. Prefácio e Prolegômenos. São Paulo: Ed. Clandestina.

Downloads

Publicado

30-04-2024

Como Citar

Ferreira Oliveira, E. (2024). PSICOLOGIA EMPÍRICA E FILOSOFIA APLICADA NO PENSAMENTO DE KANT: algumas reflexões a partir da Crítica da Razão Pura e da Crítica da Faculdade de Julgar. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 12(27), 67–82. https://doi.org/10.26512/pl.v12i27.50976

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)