CONFRONTO COM A MORTE EM MEIO À INAUTENTICIDADE
aproximações entre a literatura machadiana e a filosofia de Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.26512/pl.v12i26.48614Palavras-chave:
Brás Cubas. Ser-para-a-morte. Literatura e ontologia. Machado de Assis. Martin Heidegger.Resumo
Em Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, o personagem que dá título ao romance revela-se como uma ilustração do que Martin Heidegger, em sua ontologia de Ser e tempo, interpreta como inautenticidade. E essa vida inautêntica, em que o ser-aí se aliena de si mesmo, permitindo-se tutelar pelos outros, decai, no contexto narrativo, em outra condição: a do afastamento da possibilidade de ser-para-a-morte, categoria que reflete a consciência do ser humano diante de sua finitude. Tal consciência poderia demover Cubas da trajetória por ele perseguida, mas, como se examinará, não é isso que seu arco narrativo apresenta. No presente ensaio, por meio de uma investigação bibliográfica voltada ao texto machadiano e a teses heideggerianas, se procederá a uma leitura literário-filosófica centrada no ser ficcional como referencial da explanação ontológica que se vincula à noção de mortalidade.
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Referências
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