A “DANÇA DAS CADEIRAS” DA HISTÓRIA

Estado e exterioridade em dois textos de Paulo Eduardo Arantes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v12i26.48422

Palavras-chave:

Paulo Arantes. Dialética. História. Estado.

Resumo

Traçando uma linha de argumentação comum entre dois textos do filósofo brasileiro Paulo Eduardo Arantes, esse artigo busca fazer o escrutínio das consequências históricas e concretas das relações entre a interioridade e a exterioridade de formalizações conceituais e políticas, entre o “lado de dentro” e o “lado de fora” dessas formalizações. Para isso, extrai o paralelo entre História Universal e Estado que se encontra no capítulo “A Prosa da História”, que compõe a versão para publicação de sua tese de doutoramento “Hegel: a ordem do tempo”. Em seguida, associa esse paralelo, fazendo as ressalvas necessárias, à linha histórica e concreta presente na abordagem, feita por Arantes, do livro “O nomos da terra”, do jurista Carl Schmitt, no texto “O mundo-fronteira”. Com essa associação, o artigo conclui que, na obra de Arantes, essa relação entre interioridade e exterioridade se estabelece como uma constituição mútua, na qual a violência se torna presente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pedro Guimarães Pinho, Universidade de Brasília

Graduando em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB). Integrante dos grupos Filosofia de Ética e Filosofia Política (UnB) e Laboratório de Estudos da Insurreição: sexualidade e violência (UnB). 

Referências

ANDRADE, É. A opacidade do iluminismo: racismo na filosofia moderna. Kriterion: Revista de Filosofia, v. 58, p. 291–309, ago. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/0100-512X2017n13704ea.

ARANTES, P. E. Hegel: a ordem do tempo. Tradução: Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Hucitec/ Polis, 2000.

ARANTES, P. E. O novo tempo do mundo: e outros estudos sobre a era da emergência. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014.

ARANTES, P. E. O mundo-fronteira. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), v. 29, n. 60, p. 10–32, 25 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.21680/1983-2109.2022v29n60ID30865.

CAMARA, B. The Falsity of Hegel’s Theses on Africa. Journal of Black Studies, v. 36, n. 1, p. 82–96, 2005. DOI: http://dx.doi.org/10.1177/0021934704268296.

HEGEL, G. W. F. Princípios da Filosofia do Direito. Tradução: Orlando Vitorino. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

HEGEL, G. W. F. Filosofia da História. Tradução: Maria Rodrigues; Tradução: Hans Harden. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2008.

KUYKENDALL, R. Hegel and Africa: An Evaluation of the Treatment of Africa in The Philosophy of History. Journal of Black Studies, v. 23, n. 4, p. 571–581, 1993.

LACAN, J. O seminário: livro 20: mais, ainda. Tradução: M. D. Magno. São Paulo: Jorge Zahar Editor, 1985.

SCHMITT, C. The nomos of the earth in the International Law of the Jus Publicum Europaeum. Tradução: G. L. Ulmen. New York: Telos Press, Ltd, 2003.

Downloads

Publicado

30-12-2023

Como Citar

Guimarães Pinho, P. (2023). A “DANÇA DAS CADEIRAS” DA HISTÓRIA: Estado e exterioridade em dois textos de Paulo Eduardo Arantes. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 12(26), 119–152. https://doi.org/10.26512/pl.v12i26.48422

Edição

Seção

Artigos