NO UMBRAL DA DIALÉTICA

Bergson e o espectro da negatividade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v9i18.30517

Palavras-chave:

Bergson. Dialética. Horkheimer. Ontologia.

Resumo

Neste trabalho, buscamos recuperar alguns momentos centrais da filosofia bergsoniana (o método da intuição, o conceito de duração e o confronto entre positividade e negatividade) a partir da crítica dialética empreendida por Horkheimer em seu conhecido artigo de 1934 Sobre a metafísica do tempo de Bergson. Nosso objetivo é retomar a reflexão horkheimeriana em nova chave, sem ignorar os inúmeros desdobramentos da filosofia de Bergson ao longo do século XX. Assim, mergulhamos na filosofia bergsoniana a partir de algumas antinomias centrais, mostrando como o autor desenvolve uma crítica de largo escopo à  metafísica tradicional, mas cai ele mesmo em suas armadilhas. Isso nos leva a questionar a possibilidade de uma Ontologia positiva nos moldes propostos pelo filósofo francês, que expurga o negativo de sua filosofia, mas paga um preço alto por tal escolha, qual seja, o esvanecimento da concretude que tanto buscara apreender como alternativa à  dita abstração do idealismo alemão.

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Biografia do Autor

Gabriel Ferri Bichir, Universidade de São Paulo

Doutorando em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letra e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Possui Mestrado e Bacharelado em Filosofia pela Universidade de São Paulo. 

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Publicado

31-08-2020

Como Citar

Ferri Bichir, G. (2020). NO UMBRAL DA DIALÉTICA: Bergson e o espectro da negatividade. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 9(18), 192–214. https://doi.org/10.26512/pl.v9i18.30517

Edição

Seção

Artigos